Brasil
Alcolumbre deve seguir exemplo da Câmara para afastar Marcos do Val, diz mídia
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), planeja adotar uma estratégia semelhante à utilizada por Arthur Lira (PP-AL) na Câmara dos Deputados em 2024 para suspender o mandato do senador Marcos do Val (Podemos-ES), contornando assim o enfraquecimento do Conselho de Ética da Casa.
Em julho do ano passado, o Conselho chegou a aceitar uma representação movida pela Rede Sustentabilidade contra Do Val e designou Jorge Seif (PL-SC) como relator do caso. No entanto, o processo não avançou desde então. Nos últimos cinco anos, o Conselho de Ética do Senado se reuniu apenas três vezes e, no momento, sequer possui um presidente nomeado.
Senadores que vêm acompanhando o caso desde que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo parlamentar, afirmam que a situação é delicada. Um deles revelou que há até mesmo apoio para que a própria Mesa Diretora tome a decisão de suspender o mandato de Do Val.
À Folha de S. Paulo, aliados de oposição mais próximos ao senador sugeriram que ele se afaste por meio de uma licença médica. Se as medidas cautelares forem amenizadas pelo ministro, Do Val poderia até voltar a receber seu salário, conforme prevê o regimento interno em casos de afastamento por questões de saúde.
Apesar disso, Alcolumbre ainda reluta em tomar medidas que levem à cassação definitiva do mandato de Do Val, que se estende até o início de 2027. Nos bastidores, líderes do Senado dizem que as recentes restrições impostas ao senador causaram desconforto até entre colegas que normalmente não o apoiam.
Movimentação bolsonarista
A movimentação da ala bolsonarista no Congresso Nacional começou após Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de participar e incentivar o motim golpista que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, ao perder as eleições para a Presidência da República.
Os opositores ao governo Lula estão, nos últimos dias, ocupando os plenários como forma de protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
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