O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste domingo (3), durante evento do PT em Brasília, que precisa ser comedido sobre o que fala em relação às tarifas impostas pelo homólogo norte-americano, Donald Trump.

Lula declarou que existe um limite que pode chegar nesta briga comercial e explicou que é preciso saber o que é "necessário" falar diante da escalada de tensões com a administração dos Estados Unidos no último mês.

"O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário."

Mais uma vez, o presidente do Brasil se mostrou disposto a negociar o tarifaço de 50% assinado por Trump na última semana. Conforme publicado pelo portal G1, segundo Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, já apresentaram propostas ao governo dos EUA e aguardam resposta sobre um possível acordo.

"O que nós queremos, nós estamos trabalhando, nós vamos ajudar as nossas empresas, nós vamos defender os nossos trabalhadores e vamos dizer o seguinte, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa. Aliás, já foram apresentadas propostas pelo Alckmin e pelo Mauro Vieira. Então é simplesmente isso. Eu vou continuar daquele mesmo jeito."

Apesar de destacar que o governo brasileiro busca uma conciliação com os Estados Unidos, Lula enfatizou que não há temor sobre pressões estrangeiras.

"Nós não queremos confusão. Então, quem quiser confusão conosco, pode saber que nós não queremos brigar. Agora não pensem que nós temos medo. Não pensem."