Brasil
BRICS fortalece cooperação anticorrupção em reunião liderada pela CGU
Representantes de alto escalão dos países-membros do BRICS e da Controladoria-Geral da União (CGU) se reuniram nesta terça-feira (6), em Brasília, como parte das discussões do Grupo de Trabalho Anticorrupção do BRICS, um dos eixos centrais da agenda em 2025.
Na pauta, estratégias de integridade pública, prevenção à corrupção, recuperação de ativos e governança climática.
De acordo com a CGU, o Brasil, que preside o grupo neste ano, prioriza três pilares:
"A corrupção não só desvia recursos públicos como amplia desigualdades e fragiliza a resposta a crises globais, como a mudança do clima", afirmou secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, em nota divulgada pela entidade.
Ela citou o Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025–2027, lançado em dezembro passado com centenas de ações em áreas como licitações sustentáveis, controle de recursos ambientais e parcerias com o setor privado.
Um dos painéis teve como tema "Clima, Integridade e Desenvolvimento Sustentável" e discutiu como a corrupção amplifica os impactos da crise ambiental — desde o desvio de verbas para políticas de preservação até fraudes em mercados de carbono.
A secretária-executiva destacou que o Brasil, como anfitrião da COP30, a ser realizada em Belém em novembro, pretende incluir a integridade climática nas negociações globais. Segundo ela, não há justiça climática sem transparência.
A Rússia compartilhou experiências em monitoramento de crimes ambientais, como o tráfico de madeira ilegal e a mineração clandestina. Já a África do Sul apresentou casos de sucesso em recuperação de terras degradadas por meio de parcerias público-privadas com mecanismos rígidos de auditoria.
No campo da recuperação de ativos, Jean Keiji Uema, da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), detalhou os avanços da Política Nacional de Recuperação de Ativos (PNRA), lançada em fevereiro de 2025. O mecanismo estabelece regras para a identificação, o bloqueio e a repatriação de recursos desviados, inclusive em casos transnacionais.
"Só em 2024, o Brasil recuperou R$ 2,3 bilhões em ativos ligados à corrupção. Agora, queremos ampliar a cooperação com o BRICS, especialmente em casos que envolvam paraísos fiscais e lavagem de dinheiro via criptomoedas", acrescentou.
Por Sputinik Brasil
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