Brasil
Vítima de estupro de vulnerável de idoso, grávida de 13 anos vai a hospital e gestação exposta na internet por funcionária
Menina foi estuprada por homem de 68 anos e teve gestação divulgada nas redes sociais pela profissional que é influenciadora digital da região; Polícia Civil do Acre investiga o caso
A Polícia Civil do Acre abriu uma investigação contra uma técnica de enfermagem, que é influenciadora digital na região, acusada de expor a gravidez de uma adolescente de 13 anos, em Cruzeiro do Sul. A mulher soube do caso porque a jovem foi atendida pelo hospital onde ela trabalha. O vídeo já teve mais de 85 mil compartilhamentos.
De acordo com a polícia, a menina engravidou de um homem de 68 anos, que atua como barqueiro na região. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), qualquer criança com até 14 anos é vítima de estupro de vulnerável ao se relacionar sexualmente.
A influenciadora foi interrogada pelas autoridades policiais. De acordo com a Polícia Civil, ela alegou que a prática de divulgar pacientes é comum na maternidade onde trabalha e que apenas registrou o momento por considerá-lo uma ocasião feliz de sua rotina. A mulher também afirmou que obteve o consentimento da adolescente para gravar os vídeos, mas não solicitou autorização para publicá-los.
Em depoimento, a adolescente afirmou que a profissional de saúde pediu autorização para gravar, mas não mencionou a intenção de divulgar nas redes sociais. Ela ficou extremamente assustada com a viralização do conteúdo, já que o caso envolvia uma situação delicada e traumática.
Após a repercussão negativa dos vídeos, a técnica de enfermagem, ainda de acordo com a polícia, procurou novamente a adolescente e prometeu-lhe um presente, o que levanta suspeitas sobre um possível consentimento forçado. Os agentes estão também investigando essa nova abordagem da profissional de saúde.
O caso se tornou ainda mais preocupante, segundo a Polícia Civil, ao ser identificado que a adolescente fez o pré-natal aos 13 anos, e as autoridades não foram comunicadas sobre essa situação, o que levanta a suspeita se houve omissão por parte dos profissionais envolvidos
O ECA prevê pena de detenção de seis meses a dois anos para aqueles que submeterem crianças ou adolescentes a vexame ou constrangimento.
O que diz a maternidade
Ao G1, o Hospital da Mulher e da Criança do Juruá informou que a unidade segue um protocolo de atendimento, e que está sendo aplicado devidamente. Ainda na sexta, a unidade divulgou nota na qual afirma que os servidores são orientados a tratar os pacientes com ética, e que vai averiguar o caso.
“O Hospital da Mulher e da Criança do Juruá vem por meio desta nota esclarecer que jamais se eximiu de estar cumprindo seu papel social e que todos os servidores são orientados a tratarem os pacientes com ética, respeito e humanização. Casos isolados de profissionais que não cumprem as normas e rotinas da instituição, assim que chegarem ao conhecimento da Direção da Unidade, serão averiguados e tomadas as medidas cabíveis”, ressaltou.
À Rede Amazônica Acre, a gerente regional da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) no Juruá, Diane Carvalho, afirmou que a conduta da servidora será apurada.
“Enquanto instituição, nós vamos abrir um processo administrativo para apurar todos os fatos. A conduta será devidamente tomada, de acordo com o que determina a lei”, informou.
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