Brasil
Cunha gasta no Senado mais de meio milhão de reais com gasolina

Rodrigo Cunha é questionado na Operação Tanque Furado.
O nível de transparência do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) com os gastos de combustíveis pagos pelo Senado Federal está sendo questionado nacionalmente pela Operação Tanque Furado, em Brasília.
A operação consiste em uma auditoria realizada em documentos fiscais referentes a despesas com combustíveis que
foram ressarcidas a parlamentares do Senado, entre os anos de 2019 e 2020. A auditoria é realizada pelo Instituto OPS.
De acordo com o relatório da Operação Tanque Furado, dentre os casos que causam estranheza estão abastecimentos vultosos e notas fiscais eletrônicas ao consumidor (NFC-e) sem identificação do consumidor ou emitidas em nome de consumidores que não fazem parte do gabinete parlamentar, ou ainda, em nome de empresas, nas contas de abastecimentos de vários senadores, entre eles Rodrigo Cunha.
Segundo o jornal Congresso Em Foco, por mês, cada senador tem direito a uma cota que varia de R$ 21 mil a R$ 44,2 mil, dependendo do estado. Nos dois anos analisados pelo OPS os senadores brasileiros gastaram um total de R$ 2,7 milhões com combustíveis.
Senador tem apenas uma nota identificada
De acordo com o relatório, o senador alagoano gastou de fevereiro de 2019 a agosto de 2021 o montante de R$ 544.517,51.
O relatório apurou que nas notas fiscais auditadas, apenas em uma delas há a identificação do consumidor nas NFC-e,
documentos referenciados, o que contrariando as normas estabelecidas pelo Senado desde 2014.
Ao ser listado pela ausência de identificação do consumidor nas notas fiscais, o senador Rodrigo Cunha afirmou que cumpre “com rigor todas as normativas para o uso probo e transparente dos recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores – CEAPS”.
Cunha diz que relatório é fake news
A assessoria do senador Rodrigo Cunha (PSDB) disse que a informação é falsa de que o gabinete do parlamentar tenha gasto R$ 500.00,00 em combustível ao longo dos últimos 3 anos.
“Tal afirmação é inverídica, trata-se de fake news, não condiz com a realidade e pode ser facilmente verificada e contrastada junto aos sistemas de transparência do Senado Federal”, esclareceu a nota do gabinete.
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