
Da indignação à submissão: quando a independência dá lugar ao silêncio conveniente

Hoje é dia de abrir os olhos, de rasgar o véu da hipocrisia e mostrar a verdade nua e crua, sem floreios, sem rodeios, sem o teatrinho barato que alguns insistem em encenar.
Porque não há nada mais vergonhoso do que aqueles que se postaram como defensores do povo, como os guerreiros das ruas, como os indignados com as mazelas do poder… e agora, ao menor sinal de um cargo, de uma fatia do banquete, correm para se refugiar nos discursos bonitos, embalados em papel celofane, tentando convencer que suas novas posturas não são traição, mas sim responsabilidade.
Responsabilidade, senhores? Desde quando vender a voz que antes ecoava a indignação das pessoas virou um ato de ética? Desde quando trocar a independência por uma coleira virou compromisso com a população? A memória do povo não é curta, não! Sabemos muito bem quem vociferava contra os absurdos da gestão, quem aparecia nas redes sociais denunciando a falta de compromisso, quem prometia que jamais abaixaria a cabeça para os conchavos do poder.
Mas, como já vimos tantas vezes na história desta cidade, bastou uma porta se abrir, bastou uma mão estendida com um cargo de confiança, e lá se vai o discurso inflamado da independência. Agora, de repente, o que era escândalo virou "gestão responsável", o que era abandono virou "desafios a serem superados", e o que antes era um governo sem rumo agora precisa de "serenidade e foco".
Senhores leitores, não se enganem: a política do caos não é feita por quem denuncia. A política do caos é feita por aqueles que se calam, por aqueles que vendem a alma e tentam convencer que tudo está indo bem, quando na verdade a cidade afunda em problemas. É feita por aqueles que, ao invés de manter a coerência, escolhem o caminho fácil do silêncio, do alinhamento conveniente, da retórica vazia que agrada a quem está no poder.
Mas o povo de Palmeira dos Índios não é bobo. O povo sabe quem está do seu lado na hora da dificuldade e quem vira as costas assim que recebe um cargo. O povo sabe quem é leal e quem é oportunista. E pode até demorar, mas um dia, senhoras e senhores, um dia a farsa sempre cai. E aqueles que hoje pregam a "serenidade" diante do caos serão lembrados não como responsáveis, mas como coniventes.
Porque a política muda, mas o caráter, esse ou se tem, ou nunca se teve.
E quem estiver lendo, que reflita.
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