Palmeira sem festa

05/11/2018

Não foi fácil sair a I Festa Literária de Palmeira dos Índios. Por não nutrir nenhuma convivência com o assunto o prefeito Júlio Cezar resistia à ideia talvez por não considerar importante para sua gestão repleta de “alegorias” multimídias. Foi pressionado por um grupo de intelectuais da terra entre os quais a secretária de Cultura, Isvânia Marques e o jornalista Vladimir Barros, indiquei o maior especialista em programas culturais de Alagoas, escritor Carlito Lima, para ser seu curador e a festa acabou saindo. A partir do anúncio da Festa Literária o prefeito, como sempre aproveitador, faturou a oportunidade e lançou a cidade como “Capital Alagoana da Cultura” e prometia uma efervescência no setor, buscando criar um polo de referência para impulsionar o turismo local. Mais uma vez por não conviver com a “ciência cultural” preferiu gastar muito dinheiro com cachês milionários e eventos bregas ou contratações de “padres cantores”, colidindo frontalmente com princípios plantados pelo prefeito famoso, Graciliano Ramos, que ele tentou pateticamente imitar sem sucesso.

Este ano não haverá a Festa Cultural e a cidade de Arapiraca aproveita o vácuo e faz a sua primeira, subindo ao pódio de Capital Alagoana da Cultura. Pobre Palmeira dos Índios das escolhas equivocadas.

Pedro Oliveira

Pedro Oliveira

Escritor e jornalista com vasta experiência em análise política. Autor dos livros “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, “Brasil 2006 A História das Eleições” / “Manual Prático de Licitações e Contratos” “Resumo Político - Crônicas, histórias e os bastidores da política brasileira”. Articulista político da Tribuna do Sertão, Jornal Extra e Blog Resumo Político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB, Presidente do Instituto Cidadão e Membro Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atuou no Diário de São Paulo, Revista NÓS ( SP), Diários Associados ( Jornal de Alagoas), Jornal de Hoje. Fundador do Jornal Opinião e do Correio de Alagoas, este junto com o jornalista Pedro Collor de Mello.