E agora Brasília

30/10/2018

Rodrigo Cunha tem pela frente uma tarefa que não será fácil dar conta. Ao sair da planície e encarar um salto no escuro, num mundo totalmente diferente, cheio de subterfúgios, armadilhas e encantamentos. Substitui um senador atuante, com prestígio parlamentar e altamente influente nos gabinetes ministeriais de onde conseguiu muitos milhões para municípios do interior e Maceió. Tem que se esforçar muito para preencher o vácuo a ser deixado por Benedito de Lira. Não é um bom tribuno para sobressair no plenário, seu preparo intelectual não faz crer que produza algo acima da média e chega como um “estranho no ninho”. Não sabe se é governo ou aposição. Precisa antes de tudo ter humildade e reconhecer suas limitações, buscar na “memória funcional” do Senado o socorro técnico para exercer suas funções e aprender muito todo dia. No gabinete de um senador não cabe inventar “coisas miúdas” para fingir que é bacana, que é diferente. Do contrário vai ter um mandato medíocre cujos louros se restringirão aos “amigos do Facebook”, mas não serão escritos nos anais da Casa.

Pedro Oliveira

Pedro Oliveira

Escritor e jornalista com vasta experiência em análise política. Autor dos livros “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, “Brasil 2006 A História das Eleições” / “Manual Prático de Licitações e Contratos” “Resumo Político - Crônicas, histórias e os bastidores da política brasileira”. Articulista político da Tribuna do Sertão, Jornal Extra e Blog Resumo Político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB, Presidente do Instituto Cidadão e Membro Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atuou no Diário de São Paulo, Revista NÓS ( SP), Diários Associados ( Jornal de Alagoas), Jornal de Hoje. Fundador do Jornal Opinião e do Correio de Alagoas, este junto com o jornalista Pedro Collor de Mello.