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30/05/2018

Em Alagoas o sentimento não é diferente quanto ao descrédito dos políticos tradicionais. Com boa parte dos nomes envolvidos em denúncias de corrupção, processos de improbidade se arrastando no moroso e complacente Judiciário, há no ar a desesperança da maioria do eleitorado, fato que poderá trazer algumas surpresas. No entanto há ainda a carência do “novo” de verdade, presente nos candidatos que pudessem oferecer alguma confiança no sombrio futuro que nos aguarda.

Um fato chama a atenção nas eleições alagoanas: o candidato à reeleição, governador Renan Filho, se mantem como franco favorito em uma posição isolada, diante de uma oposição em frangalhos, sem entendimentos e nomes com densidade para a disputa.

A entrada do deputado Rodrigo Cunha como candidato ao Senado, não trouxe a esperada significativa alteração nas intenções de voto. O jogo continua “embolado” com cinco pretendentes (Mauricio Quintella, Renan Calheiros, Benedito de Lira, Marx Beltrão e Rodrigo Cunha), pois o resto é só figuração. São duas vagas e qualquer previsão agora será precipitada, pois muita coisa ainda vai acontecer.

Pedro Oliveira

Pedro Oliveira

Escritor e jornalista com vasta experiência em análise política. Autor dos livros “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, “Brasil 2006 A História das Eleições” / “Manual Prático de Licitações e Contratos” “Resumo Político - Crônicas, histórias e os bastidores da política brasileira”. Articulista político da Tribuna do Sertão, Jornal Extra e Blog Resumo Político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB, Presidente do Instituto Cidadão e Membro Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atuou no Diário de São Paulo, Revista NÓS ( SP), Diários Associados ( Jornal de Alagoas), Jornal de Hoje. Fundador do Jornal Opinião e do Correio de Alagoas, este junto com o jornalista Pedro Collor de Mello.