Eis o Brasil imoral
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu esta semana que o Supremo Tribunal Federal abra 83 inquéritos contra políticos delatados pelos funcionários da Odebrecht na investigação da Lava Jato. Ele também pediu a quebra de sigilo dos depoimentos, mas quem decidirá sobre isso é o ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no STF, e não se sabe quanto tempo ele demorará para julgar as petições. A lista era esperada desde o final da semana passada e criou clima de tensão em Brasília.
Ao menos cinco ministros do governo de Michel Temer (PMDB) fazem parte dos suspeitos de recebimento de propina. São eles Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores. Além disso, a lista de Janot inclui os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, mas como os petistas perderam o foro privilegiado os casos devem ser remetidos à primeira instância.
Além deles, a lista inclui também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edson Lobão (PMDB-MA). O Brasil indignado não acredita que será feita justiça com uma lista de personalidades tão “notáveis”.
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