Em terras de Calheiros, os R$ 270 mil precisam de explicações à sociedade?

14/11/2025
Em terras de Calheiros, os R$ 270 mil precisam de explicações à sociedade?
- Foto: Redes Sociais

Desde ontem, 12, no início da noite, o Blog Kléverson Levy havia recebido a informação de que um "construtor" teria sido preso pela Polícia Federal (PF), na cidade de Murici, com cerca de R$ 280 mil. 

O fato não havia - ainda - sido publicado pela imprensa ou surgia alguma manifestação da  (PF) sobre o assunto.  Este jornalista - ainda - tentou mais detalhes, porém, devido ao horário, não obteve sucesso e  nada era oficial.

Mas o caso ganhou repercussão nesta quinta-feira, 13, com a divulgação da foto do suposto "empresário" que foi pego com "as mãos na botija". Mais interessante é que o palco central foi sede do Poder Executivo, na Prefeitura de Murici.

A lembrar que o prefeito atual é Remi Calheiros Filho, é filho do deputado estadual Remi Calheiros, sobrinho de Renan Calheiros e primo do ministro dos Transportes, Renan Filho, todos do MDB.  Todavia, o que isso tem a ver com história?

Blog Kléverson Levy, errando ou acertando, analisou questões que podem ou não serem reais, mesmo que oriundas dos bastidores da política. 

1 - Ano pré-eleitoral, de fato, começam a surgir a "malas de dinheiro" sempre com alguém ligado à classe política;

2 - O prefeito anunciou  a 19ª edição da Festa da Natureza, que será realizada nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, na Praça Padre Cícero, com grande nomes nacionais e gastos exorbitantes para contratações de bandas, palcos e muito mais;

3 - Considerado como "construtor", o empresário fez o registro - há alguns dias - ao lado do ministro Renan Filho (dos Transportes, estradas, construções e obras).

No entanto, nesses pontos citados como possível "linha de investigação", qual a ligação de ambos e para que serviria os cerca de R$ 270 mil?

Com a palavra, a PF em Alagoas. 

Sendo assim, a própria PF disse à imprensa que, além do dinheiro, foram apreendidos textos escritos à mão que indicam o possível pagamento de vantagens indevidas ligadas a contratos para a execução de obras públicas no município.

Ao mesmo tempo, o "empresário foi levado para a sede da Polícia Federal, em Maceió, onde prestou depoimento. O caso seguirá sob investigação para apurar a origem do dinheiro e o envolvimento de outras pessoas no esquema. Já as circunstâncias da prisão e o destino dos valores apreendidos serão detalhados após o avanço das investigações", diz o texto da matéria do Cadaminuto.

Por fim, é bom rememorar - aos leitores e alagoanos - que a apreensão de dinheiro não é novidade em Alagoas, bem como, de "malas pretas" ou quantias altas - em espécie - próximas aos pleitos eleitorais ou até em ano eleitoral.

A recordar de 2022, daquela Apreensão da mala preta (?) com R$ 146 mil e o inquérito na PF ‘sob segredo de JustiçaOs fatos ocorridos – em outubro – foram mostrados na imprensa com provas na mesa, na qual a dinheirama - apreendida com presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o deputado estadual Marcelo Victor (MDB) - foi levada pela PF.

Depois, devolvido pela decisão do juiz da 2ª Zona Eleitoral de Maceió, José Braga Neto, que - à época - pediu para trancar o inquérito policial e devolver ao presidente da Casa de Tavares Bastos os quase R$ 146 mil apreendidos pela Polícia Federal em 2022.

De lá para cá, Alagoas dá exemplo de como a política dos políticos domina nosso estado.

Por fim, a pergunta que não quer calar: 

Em terras de Calheiros, os R$ 270 mil precisam de explicações à sociedade?

Será? 

É isto! 

E viva a política dos políticos em Alagoas!

Por aqui, continuamos com o mesmo jornalismo, respeito e a mesma credibilidade conquistada!

“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.

Kleverson Levy

Kleverson Levy

Kleverson Levi é jornalista e escreve especialmente sobre política.