Joaquim Barbosa tem justificativa?
28/02/2014
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Joaquim Barbosa – e isso já está ficando repetitivo – não tem o menor respeito por quem quer que seja. Ele não aceita as opiniões contrárias, não aceita a divergência. Ele ofende, acusa, distorce todo e qualquer posicionamento diferente ao dele. É esse sujeito que quer ser – e algumas pessoas querem também – presidente do país?
Mesmo sendo repetitivo escrever sobre o comportamento deplorável do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), não dá para deixar de comentar seus chiliques e rompantes. É um desvairado com os holofotes que o destino lhe reservou. Porém por querer brilhar mais do que a luz, corre o sério risco de ficar nas sombras, esquecido pela maioria.
Ou se Tem alguma dúvida de que a imprensa grande logo vai jogá-lo ao limbo assim que o supremo presidente do Supremo não mais servir?
É difícil manter a imagem de Joaquim Barbosa como alguém realmente preocupado em salvar o país do “mar de lama”. Como justificar a compra que ele fez do apartamento em Miami através de uma empresa offshore com endereço em seu apartamento funcional?
Como justificar suas acusações ao comportamento dos advogados? Para quem não se lembra, ele afirmou que eles, os advogados, são preguiçosos, que acordam tarde.
Como justificar o total desrespeito aos seus pares de STF? Uma coisa é defender seus pontos de vista e sua interpretação das relações entre as leis e as acusações do Ministério Público, e das partes interessadas nos processos judiciais. Outra é cassar a palavra, desqualificar os argumentos que lhe incomodam aos berros ou insinuações.
Como justificar sua viagem para passear na Europa paga com recursos públicos?
Como justificar pagar jornalistas da imprensa grande em viagens oficiais para fazerem serviço de assessoria de imprensa?
Como justificar que a pessoa indicada por ele para secretariar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) more nos Estados Unidos?
Como justificar mandar prender réus com o processo criminal ainda em andamento e lhe imputar regimes de cumprimento de pena diferentes da decisão do STF, de acordo com o que já foi julgado?
Como justificar a divisão do processo penal (ou aqui) apenas para fabricar um reality show na tevê?
Como justificar a não divulgação do inquérito 2474, pelo menos a seus pares do STF, que mostra bem que não houve recursos públicos na Ação Penal 470 e muito menos que esses foram desviados?
Como justificar Joaquim Barbosa? Com todo o esforço midiático, com todo o poder de criar posicionamentos que tem a mídia grande, isso tem um limite. E esse limite está cada vez menor à medida que o acesso à internet avança.
A data limite para a justificação a Barbosa é o da proclamação do resultado eleitoral presidencial. Sendo candidato ou não. Se não for, sua imagem de “guerreiro da moralidade” será usada contra a candidatura de Dilma por outros candidatos, direta ou indiretamente, seja pela mídia ou pelos próprios materiais de campanha das outras candidaturas.
Se for, será usada por ele mesmo. Além da mídia grande, obviamente. Tudo para forçar um segundo turno e quiçá, a derrota eleitora da presidenta, do PT e aliados. Não há a menor preocupação com os ritos democráticos do país, apenas em derrotar Dilma e Lula.
Sim Lula, por que a direita ainda tenta derrubá-lo, mesmo ele sendo ex-presidente. Incrível, não? Somos o único país em todo o planeta mundo onde isso acontece.
Após a proclamação do resultado, Barbosa será jogado às traças. Não mais haverão justificativas a serem construídas sobre seu comportamento. E se ele for candidato e for eleito? Resposta: não vai.
Mesmo todo inflamado e com falas até de Fernando Henrique Cardoso que “pode ser qualquer um”, esse “qualquer um” não se aplica a Joaquim Barbosa. Nada que possua com Carbono em sua composição química confia nele.
Porém o mais difícil, mesmo de forma bastante capenga, a mídia grande está fazendo: justificando Joaquim Barbosa.
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