Despedidas: nem sempre suas, nem só minhas

25/02/2014
Tem a despedida um sabor tão intenso que não se pode dizer se é doce, amargo ou salubre. Tem essa forma de chegada, a partida, uma dor no estômago, uma lágrima escondida no canto dos olhos, um sorriso extravagante tão grande que o corpo, por si só, repele todas as emoções.   A tristeza pela despedida E a emoção pela sensação do dever cumprido realização.   E parece que quanto mais tempo permanece em um lugar, mais a terra se torna sua, mais o ar se torna seu cheiro, mais as paredes são suas. Os guerreiros  sobreviventes dos quatro anos Anos de luta e muita dor de cabeça Anos de risos e lágrimas. Risos pelos bons momentos com os amigos Mas sempre há as lágrimas. Aquelas que deixam cair entre o labirinto de laboratórios que ninguém frequenta, entre os amores trocados a cada ano – ou a cada estação. Entre tantos risos, as lágrimas têm seu valor. E lágrimas por muitas noites em claro, na busca pela aprovação. Mas guerreiros não desistem E, por fim, conseguiram o tão almejado conhecimento Chegaram até o fim Venceram o trabalho árduo E agora passam a uma nova etapa Deixam saudade e levam o grande tesouro o aprendizado... Guerreiros continuem e jamais desistam. E o fim, assim como tudo na vida, sempre chega, com a implacável mão de quem não pode esperar para um último suspiro, uma última olhada para trás. Tão sábio quanto o tempo, o Silêncio sabe o peso de uma última despedida, de um novo começo, de uma nova jornada onde tudo terá que ser reconstruído, refeito sob os pés pouco experientes e cansados (talvez) daqueles a quem o mundo se descortina. Poema de Naillys Araútjo. Prosa, minha. Mais em: http://rafaelarielrodrigo.blogspot.com.br/
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