Manhã bundástica

25/11/2013
Certa manhã, na lentidão do transporte coletivo de Aracaju, a inocência dos estudantes foi agitada pela maior bunda que já andou por aí! Sim, uma bunda. Uma bunda não, duas luas, com gravidade suficiente para manter uma proximidade segura sem que haja a fusão de seus núcleos; e que nesse espaço ainda tinha uma poeira estelar que, de forma muito vulgar, chamaram de biquíni.
Mas era uma bunda bronzeada, ampliada, ensolarada e destacada que percorria incríveis velocidades com pessoas atrás dela, senão dentro. Sim, dentro!
Acontece que a tal da bunda compunha um anúncio de lingerie de alguma marca emergente que, assim como os motéis e as emissoras de rádios locais, sempre aponta para o sexo como meio de vender seja lá o que for. Claro que as teorias propagandícias e os conceitos das empresas não refletem a lógica habitual, mas é de se pensar que se o produto é para a mulher, embora o homem possa motivá-la a comprar, é de se pensar que uma mulher, sem aquele agigantamento bundástico, jamais compraria o produto uma vez que não cairia bem nela. Apesar de sempre ter alguém que não pense assim.
E lá, sobre todas as cabeças sonolentas que se dirigiam para uma aula de cálculo ou de ciências humanas, a bunda tirava sua pequena diversão de um olhar ou outro mais distraído. Nessa manhã, ninguém quis subir com pressa no ônibus vazio, nem se apressaram em ir para a aula de 7h...
Nessa manhã, o céu ganhou a cor do bronze e a imaginação das pessoas permitiu-as jogar a toalha.   Mais em: http://rafaelarielrodrigo.blogspot.com.br
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