Eleição da Mesa Diretora: deputados não têm medo do bicho

18/11/2013
[caption id="attachment_7946" align="alignright" width="310"]Deputados elegem nova Mesa Diretora nesta terça Deputados elegem nova Mesa Diretora nesta terça[/caption] Um dos ditados populares mais conhecidos — se correr o bicho pega, se ficar o bicho come — resume a situação de dúvida que atormenta a maioria dos deputados estaduais em Alagoas, que devem eleger, nesta terça-feira (19), uma nova Mesa Diretora.   Com raras exceções, são políticos que mantêm estruturas eleitorais caras e conquistam votos a partir de um robusto caixa de campanha. Não se preocupam muito com a imagem. Alguns nunca falam em plenário ou aparecem na mídia. O decisivo para eles é o suporte financeiro, algo que a Assembleia pode propiciar para quem tem a caneta na mão ou está muito próximo dela.   Mas há riscos. O nome do bicho é MPE e Tribunal de Justiça, que podem cassar ou mesmo prender os deputados envolvidos em ilegalidades, como na Operação Taturana. Sem temer e apostando na impunidade, esses deputados optam por enfrentar o bicho para manter o mandato. Avaliam que vale a pena correr riscos. Afinal, os deputados presos e algemados pela PF na Operação Taturana foram reeleitos e continuam sem punição.   Os poucos deputados que se apresentam como candidatos para melhorar a imagem da Assembleia são rejeitados. É o caso do deputado Judson Cabral (PT) e Joãozinho Pereira (PSDB), que foram sondados, mas tiveram suas propostas moralizadoras recusadas.   Nos bastidores, os grupos discutem como mudar para que tudo continue como antes. O pior é que o governo do Estado também não atua para ter uma Assembleia melhor. Para o governador, o mais importante é ter uma bancada obediente. A tendência é que na terça-feira tudo continue “como dantes no Quartel Abrantes”.
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