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50 Contos de Machado de Assis

Às vésperas do Natal de 2021, a convite de minhas queridas filhas Vanessa Pollyanna/Vanisssa Veiga, meus netos: Hugo Daniel/Kennedy Veiga, a contadora Zeiny Rosemary de Souza, compareceu à Ceia de Natal da família. Aliás, já faz parte pela amizade sedimentada ao longo dos anos. Costumeiramente, presenteia-me com valiosos livros, desta vez; do gênio Joaquim Maria Machado de Assis – 50 Contos – selecionados pelo professor aposentado na Universidade de Liverpool – John Gledson, brasilianista de estudos brasileiros.
Recorri ao curso que fiz na década de setenta de Leitura Dinâmica, viabilizando as 487 páginas do contista, romancista, jornalista, autodidata, originário do Moro do Livramento, na periferia do Rio de Janeiro. Notabilizou-se internacionalmente, com sua produção literária a ponto de ter criado a Academia Brasileira de Letras no ano de 1896.
O organizador, por sua vez, executou um trabalho de pesquisa acurado e, portanto, trouxe à lume cinco dezenas de contos memoráveis. Fez valer seu gosto literário apurado, patrocinando aos brasileiros encantos mil do melhor e maior escritor do Brasil como um todo.
Como não bastasse, acostou à obra, a NOTA BIOGRÁFICA para facilitar a leitura da antologia, dotando-a de uma sequência cronológica desde 1878 até 1906. E, por isso, satisfez aos consulentes na formulação da leitura mesmo sendo rápida com fiz. E, sendo assim, atendeu ao meu desejo de ler uma obra afinadíssima no contexto prazeroso da versatilidade do autor.
O mestre de Liverpool, certamente erudito, teceu comentários sobre O machete, Na arca (três capítulos inéditos de gênesis), O alienista, Torrentes de loucos, Deus sabe o que Faz, Uma teoria nova, O terror, La boca sollevò dal fiero pasto, A rebelião, As angústias do Boticário, A restauração, O assombro de Itaguaí, O final § 4º, Plus Ultra!, Teoria do medalhão, Uma visita de Alcibíades, D. Benedita, O segredo do Bonzo.
Por outro lado, o pesquisador abordou O anel de Polícrates, esmiuçando os detalhes, O empréstimo, A sereníssima república, O espelho (Esboço de uma nova teoria da alma humana), A igreja do Diabo. Características machadianas: textos alongados com perspicácia:
“Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a ideia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim por dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos.”
Ser recipiendário de alguma forma de uma antologia machadiana, é por excelência, um privilegiado em dois sentidos: primeiro, faltava na minha modesta biblioteca uma relíquia. Depois, rever Machado de Assis traduz um privilégio incomensurável. Merci Contadora!
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