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Método mafioso de governar: essa é a peste que temos que combater
Todas as vezes que se tenta responsabilizar criminalmente as classes dirigentes feudais pelos seus desmandos e trambiques emerge a peste obscena e obscura (a podridão) das sociedades, dos Estados e das democracias contaminadas pelo método mafioso.
Se não reagirmos firmemente, responsabilizando e faxinando os setores arcaicos, corruptos e deteriorados das classes dirigentes brasileiras (políticas e empresariais), elas acabarão destruindo o Brasil como Édipo (Édipo Rei, da tragédia grega de Sófocles) aniquilou Tebas.
Tebas foi dizimada porque seus cidadãos fecharam os olhos para a tragédia coletiva que se anunciava, porque não soube ou não quis exigir a responsabilidade dos corruptos que a governavam (deixando-os impunes), assumindo a postura conivente com um estilo de vida que menosprezava a legalidade, que ofendia a verdade, que denegria o Estado, que humilhava a cidadania (Lodato e Scarpinato, Il retorno del príncipe).
Tebas foi “morrendo de infinitas mortes”, morrendo com a atuação perversa e contínua das nefastas elites dirigentes, morrendo com a indiferença dos seus cidadãos, que não deram o melhor deles para a conservação da saúde da polis.
Os gregos bem compreenderam que quando a polis (a cidade, o país, a política mafiosa das classes dirigentes) está corrompida (doente), as vidas dos seus habitantes, da economia, das empresas, do crescimento econômico e do desenvolvimento humano também correm risco de morte.
No Brasil do século XXI ainda se vê a mesma cultura degenerada reinante em Tebas, composta de cidadãos desinteressados (idiótes, dizia o linguajar duro dos gregos) e dirigentes moralmente desqualificados, que governam o País de acordo com o método mafioso.
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