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Os próximos passos
Nas próximas semanas, ainda com eleições em segundo turno, o Congresso irá retomar a rotina de votações. O esforço concentrado foi atípico porque deliberou sobre várias matérias. Votamos medidas provisórias que ajudarão muito o Brasil nessa retomada de confiança dos agentes econômicos e também de outros setores da sociedade.
O Brasil acompanhou os trabalhos do Senado em meio ao processo de impeachment e sabe que não foi fácil a condução em meio à crise econômica e política. Naquele período, o Senado deu uma sobeja demonstração de maturidade e responsabilidade com o País. Tivemos momentos de exacerbação, mas isso é do Parlamento.
Discutimos ideias e nem sempre convergimos. É natural que haja um ou outro desentendimento, mas o fundamental é que o Senado, apesar de tudo, está pacificado. Em razão da carência de número de deputados, não conseguimos avançar em alguns itens da pauta do Congresso Nacional, que serão retomados nos próximos dias.
Para acabar com a recorrente crise política, é imperioso promovermos uma reforma digna deste nome, que dê estabilidade e permita retomarmos o crescimento. Durante mais de 50 anos nossa economia foi uma das que mais cresceram no mundo. A vocação do Brasil é o crescimento econômico. Precisamos desamarrar os pés da economia para deixá-la caminhar.
A reforma política será a primeira grande resposta que vamos dar, depois do primeiro turno da eleição. A sociedade cobra a diminuição da quantidade de partidos políticos que dificultam o quadro político-partidário como um todo. É sempre oportuno relembrar que o Senado fez uma reforma orgânica que, infelizmente, ficou paralisada na Câmara.
Agora há um quadro diferente, um convencimento quase unânime de que a reforma é inadiável. Precisamos avançar e votar o fim da coligação na eleição proporcional, a fidelidade partidária, as modalidades de financiamento da eleição e as cláusulas de barreira. Sem aprimoramentos políticos, não conquistaremos a estabilidade almejada.
Temos um amontoado de legendas no Congresso Nacional que dificulta a construção de uma maioria parlamentar. E sem maioria parlamentar, vamos ter mais dificuldades na estabilização política. Sinto que hoje há uma convergência entre a sociedade e o Parlamento e que esta mudança não pode esperar mais.
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