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Ano Santo da Misericórdia

Muita gente sabe que a Igreja Católica está vivendo o chamado Ano Santo da Misericórdia. É bom lembrar esta frase lapidar de Santo Agostinho: “Guerra de morte ao erro, amor sincero ao que erra”. João XXIII (hoje São João XVIII) chegou a dizer que a Esposa de Cristo (a Igreja) prefere usar o remédio da misericórdia em vez de empunhar as armas do rigor.
Por sua vez São João Paulo II chegou a afirmar que a Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama a misericórdia.
É de grande proveito olhar, na Bíblia, a parábola do chamado filho pródigo que poderia ter este título: O Pai Misericordioso. Na parábola percebem-se os abismos e as profundezas da miséria humana, bem como a grandeza e as culminâncias do amor divino.
Um homem tinha dois filhos. O mais novo pede ao pai a herança antecipada. O pai atende ao pedido do filho. Este, por sua vez, transforma a sua liberdade em libertinagem. À medida que o dinheiro da herança foi diminuído, os “amigos” foram minguando. Até que um dia viu-se sem dinheiro e sem amigos.
Estava só no meio da multidão. Andou atrás de um emprego. Pediu a um homem do lugar e foi cuidar dos porcos. Teve fome. Desejou comer um pouco da lavagem dada aos porcos. Mas isso lhe foi negado. Que fazer? Lembrou-se da casa do pai que tinha vários empregados e todos tinham pão com fartura. Pensou que se sentiria feliz se o pai o trata-se como um empregado porque ele teria o que comer. Resolveu voltar ao lugar, donde nunca deveria ter saído.
Dá para pensar que o pai ficava olhando o caminho por onde seu filho desapareceu, na esperança de por ali ele fizesse o caminho de volta. Diz a parábola que o pai viu o filho de longe. Foi ao seu encalço, abraçou-o e o cobriu de beijos.
Já mais perto de casa, o pai pediu que trouxessem a melhor túnica para o filho vestir. Dava-se somente uma túnica a um hóspede importante. Um anel foi colocado no dedo do recém – chegado. O anel simbolizava plenos poderes. Consequentemente não era um escravo, ou um empregado.
Sandálias lhe foram colocadas nos pés. Isso significava que era não alguém sujeito à escravidão, pois os escravos não tinham direito de andar calçados. Dessa forma ficava ciente de sua plena liberdade.
A parábola termina com a chegada do filho mais velho que estava na roça e, ao ouvir música e barulho de dança, perguntou a um dos criados o que era aquilo. Sabendo que era festa pela chegada do irmão mais moço, não quis entrar. O pai insiste que o filho mais velho venha participar da festa. O primogênito diz a verdade, mas se excluiu, quando afirma: Esse teu filho. Não teve a humildade de dizer: Esse meu irmão.
Não há, pois, o relacionamento pai-filho, mas patrão-servo. Não considera o irmão. O pai quer a reconciliação: Meu filho, esse teu irmão. Na verdade para todos sermos irmãos, faz-se mister a conciliação.
O Ano Santo da Misericórdia teve início no dia 8 de dezembro de 2015 e termina no dia 20 de dezembro de 2016.
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