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Precatórios da Educação
O homem faz a história, ou a história faz o homem? Parece até um paradoxo dentro do contexto da própria história, parece que ambos vão se fazendo, mas é o homem seu protagonista, embora ambos tenham nascido juntos, haja vista o primeiro capítulo da história ter sido escrita pelo próprio homem, dizem que o tempo é o senhor da história. Tem fatos que além de fazer história ainda assinalam com cicatrizes profundas, que arraigados as vidas das pessoas elas se arrastam até o túmulo, mormente quando está ligada a um fracasso ou a busca de uma conquista, e muitas vezes, esta busca, torna-se quase infrutífera, porque sugou todas as forças empregadas de uma vida de luta incansável em prol do próximo, e amealhando recursos de onde não tinha, forçadamente esperou paciente e com abnegação, acreditando nas leis do homem, sobretudo daqueles que sempre tiveram poder de mando, porém nada fizeram, jogando tudo na vala do esquecimento, tantos sonhos acalentados ao longo de uma existência dedicado as causas sublimes e belas da educação.
Cheguei, prezado leitor, ao décimo artigo neste noticioso focando o mesmo tema, precatórios da educação, sem sequer vislumbrar pelo menos, uma luz tênue, indicando um caminho a seguir para receber esses proventos, tão almejado pela classe dos professores, e tão indesejada e indiferente pelas autoridades do estado. Procurei de advogado, juiz de direito e desembargadores, todos me receberam, porém nada fizeram, parece que a área da educação é a pior que existe, e quando se é jubilado (aposentado), constitui-se documento sem valia, afirmam acertadamente que, quem já foi, e hoje não é, é mesmo que não ter sido.
No jornal Gazeta de Alagoas, edição de 19/11 de 2015, em entrevista ao matutino, o governador Renan Filho, diz que, até 30 de setembro pretérito, o saldo devedor do estado está no patamar R$ 11 bilhões, sendo que desse valor R$ 516 milhões corresponde a dívida com os precatórios. Não precisa dizer mais nada, certamente os precatórios da inditosa educação, estão inclusos.
O que nos resta mais? Nada. A luta incessante do Sinteal, sindicato da classe, parece que silenciou, de tanto bater na mesma tecla, porque não sentiu sequer uma aceno dos poderes constituídos, ou empresas interessadas na aquisição desses benditos ou malditos títulos, que poderiam se reverter em pagamento dessa dívida mirabolante, que já se tornou uma bola de neve.
Enquanto isto a história lamuriante dos precatórios da Educação se repete, mormente nas conversas informais dos professores precatóristas, e muitos já não mais existem, deixaram esse legado, quase abstrato, para seus familiares que não acreditam em receber essa dívida tão sofrida, juntada às duras penas de uma vida de professor. Quantos cantaram a educação em prosa e verso, mas nada adianta, basta que se veja a luta incansável da classe para conseguir o mínimo de aumento, parece até que os gestores não passaram pelas mãos hábeis e a paciência beneditina de um professor, que muitas vezes renunciou tudo para levar a luz do saber, a educação, preparando os jovens de hoje, para o amanhã da vida.
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