Alagoas

Júri condena ex-prefeito de Maribondo a 13 anos e 6 meses por morte de corretor em 2015

Leopoldo Pedrosa foi considerado culpado por homicídio qualificado e saiu do Fórum de Marechal Deodoro direto para o sistema prisional.

26/11/2025
Júri condena ex-prefeito de Maribondo a 13 anos e 6 meses por morte de corretor em 2015
- Foto: Reprodução

O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira. A decisão foi proferida após julgamento realizado nesta quarta-feira (26), no Fórum de Marechal Deodoro, e encerra um processo que se estendia por quase dez anos. Assim que a sentença foi lida, Pedrosa deixou o plenário sob escolta rumo ao presídio.

Durante os debates, o Conselho de Sentença reconheceu a existência de uma condenação anterior por tráfico de drogas, circunstância que elevou a pena. Os jurados também confirmaram a qualificadora de motivo fútil, sustentada ao longo de todo o processo.

As investigações apontaram que Gerson atuou como intermediador na venda de uma propriedade avaliada em R$ 800 mil, pela qual teria direito a uma comissão de R$ 40 mil. O Ministério Público afirma que o valor não foi repassado pelo ex-prefeito, e o conflito financeiro teria motivado o crime, executado de forma planejada.

O corpo do corretor foi encontrado dias após o desaparecimento, em um canavial, já em avançado estado de decomposição — fato que gerou forte repercussão à época. Desde então, o julgamento passou por sucessivos adiamentos até finalmente ser levado ao Tribunal do Júri.

Um histórico marcado por outras acusações

A nova condenação de Pedrosa soma-se a um conjunto de antecedentes criminais. O ex-prefeito já foi detido por porte ilegal de arma, responde a processo por violência doméstica com base na Lei Maria da Penha e teve aproximadamente um quilo de cocaína apreendido em sua propriedade em 2019, durante o cumprimento de um mandado de prisão por homicídio. Há ainda registros por direção embriagada e uso de documentos falsos.

Em fevereiro deste ano, ele voltou a ter a prisão determinada após descumprir condições impostas pelo regime semiaberto durante o Carnaval em Maribondo.

Com a decisão desta quarta-feira, Leopoldo Pedrosa retorna ao sistema prisional para cumprir pena em regime fechado, dando um desfecho ao caso que marcou a região e permaneceu pendente por quase uma década.