Alagoas
Programa Ufal e Sociedade destaca balanço do Novembro Negro
Entrevistado é o professor Danilo Marques, coordenador geral do Neabi
A próxima edição do programa Ufal e Sociedade apresenta um amplo balanço das atividades do Novembro Negro deste ano, em uma conversa com o professor Danilo Marques, coordenador geral do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/Ufal). O programa revisita os principais eventos que marcaram o mês, reafirmando a importância da memória, da resistência e da luta por direitos na construção das identidades negras no Brasil.
Entre os momentos mais simbólicos, Danilo destaca as outorgas de doutor honoris causa aos professores Zezito Araújo e Aparecida Batista, nomes fundamentais na história do movimento negro em Alagoas e no Brasil. A homenagem a Zezito, figura central no processo de tombamento da Serra da Barriga e na consolidação das ações afirmativas na Ufal, abriu oficialmente a programação do mês durante a Bienal Internacional do Livro. O evento também trouxe para o centro do debate a presença da religiosidade afro-brasileira, com cortejos, lideranças tradicionais e participação constante do povo de terreiro.
Danilo relembra ainda os 40 anos do tombamento da Serra da Barriga, marco histórico para a preservação da memória dos Quilombos dos Palmares. Exposições fotográficas, rodas de conversa, e o Encontro de Quilombolas integraram a programação em União dos Palmares, reafirmando a importância do território como símbolo de liberdade e resistência. O projeto Vamos Subir a Serra ampliou as celebrações com shows, lançamentos de livros e atividades culturais em Maceió, com participação do Neabi/Ufal.
Outro ponto de destaque é a celebração dos 45 anos do Neabi, que ao longo de sua trajetória tem atuado na defesa das políticas de ações afirmativas, na preservação da memória negra e indígena e na formação de novas gerações de pesquisadores. Danilo anuncia iniciativas importantes, como a digitalização e disponibilização pública do acervo histórico, a retomada da revista Culecule e o fortalecimento da participação de cotistas na pós-graduação.
O programa também evidencia o crescimento da rede de docentes, técnicos e estudantes envolvidos nas ações do Neabi nos quatro campi da Ufal, destacando experiências como a do professor Wagner Bijagó, que simboliza o potencial transformador da educação pública. As atividades desenvolvidas no Sertão, Agreste e Litoral mostram que a agenda do Novembro Negro se espalha por todo o estado, fortalecendo a articulação entre universidade e comunidades.
Por fim, a edição lembra a importância do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de novembro, marcado este ano pela segunda Marcha Nacional em Brasília, com forte participação de mulheres negras alagoanas.
Acompanhe a próxima edição do Ufal e Sociedade na Rádio Ufal e fique por dentro de tudo o que marcou o Novembro Negro 2025 e das ações que fortalecem a luta por igualdade racial. Compartilhe e convide outras pessoas para ouvir, na próxima segunda-feira (24), às 11h, com reprise às 17h.
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