Alagoas

Comunicação da Bienal consolida modelo de cobertura integrada

Vinte e seis profissionais trabalharam ininterruptamente durante os dez dias de evento produzindo conteúdos em formato multiplataforma

Kamylla Lima - jornalista 21/11/2025
Comunicação da Bienal consolida modelo de cobertura integrada
- Foto: Jônatas Medeiros

É na metalinguagem que se fala de comunicação. E foi a partir dela que se consolidou, na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, um modelo integrado, que reuniu 26 profissionais das mais diversas áreas. Jornalistas, fotógrafos, profissionais de mídia social, radialistas, publicitários e designers formaram o time que cobriu ininterruptamente os dez dias de evento, no Centro de Convenções. 

Por trás da visibilidade que o evento ganhou nas redes e na imprensa, a equipe de comunicação mostrou a força de um trabalho coordenado, coletivo e estratégico. Assim, o maior evento cultural e literário de Alagoas, único no país com entrada gratuita e feito por uma universidade pública, contou com a coordenação de comunicação das jornalistas Simoneide Araújo e Márcia Alencar. Elas capitanearam os profissionais durante as treze horas diárias em que o evento estava aberto ao público e também nas horas antes e após o evento.

Em entrevista ao programa Bienal no Ar, na Rádio Ufal, Simoneide Araújo descreveu o desafio de transformar dez dias de evento em uma cobertura diária e multiplataforma. “Das 9h às 22h, foram 13 horas de evento diariamente — fora o que a gente precisa preparar depois, para que no outro dia tudo funcione. É uma tarefa enorme coordenar uma equipe de mais de 20 pessoas, com site, rádio, redes sociais e fotógrafos registrando cada momento. Mas estou feliz. É cansativo, claro, mas é um cansaço de realização”, disse.

Para além da rotina intensa, a cobertura de 2025 marcou um avanço importante no campo da memória institucional. Segundo Simoneide, o trabalho conjunto com o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da Ufal e a Edufal garantiu algo que antes se perdia a cada edição: a preservação do histórico digital da Bienal, por meio do site, que agrega a programação, os programas de rádio, as fotografias e as matérias desenvolvidas antes durante e após o evento. 

“Nas bienais anteriores, a gente tinha dificuldade de manter o site ativo. Muitas vezes perdíamos material porque eram domínios pagos e a Universidade não tinha recurso. Nesta, conseguimos recuperar o conteúdo de 2023 e garantir que, daqui  para frente, todo o registro da Bienal permaneça disponível. Isso é um legado para a Ufal e para o estado”, explicou.

Produção ampliada

O resultado reflete no crescimento da visibilidade do evento e no interesse das pessoas por cultura e literatura. Foram mais de 300 matérias publicadas no site, 65 posts no Instagram só em outubro e 2,6 milhões de visualizações nas redes sociais.

“Foram sete repórteres nesses dez dias. Cada um fez, em média, duas matérias por dia. Todo mundo envolvido, em um clima muito bom. Queremos mostrar o melhor da Bienal, não só para Alagoas, mas para quem acompanha a Rádio Ufal e a Rádio Educativa em qualquer lugar do mundo”, contou Simoneide.

Além do conteúdo, a identidade visual criada pela publicitária Camila Fialho e desenvolvida pelos designers Alan Fagner e Janaína Araújo foi outro ponto de destaque. O visual colorido e simbólico da edição — centrado no tema Brasil e África: ligados culturalmente em seus ritos e raízes — orientou toda a estética dos materiais impressos e digitais. “A Camila deu alma à Bienal, captando a essência do tema. E Alan e Janaína seguraram dez dias de produção intensa, sempre com o mesmo profissionalismo e cuidado. Sem essa equipe, a Bienal não teria alcançado o nível de entrega que teve”, reconheceu.

2027 é logo ali...

A coordenadora destacou que a força do resultado não está apenas nos números, mas na forma como a comunicação foi construída — em vários aspectos, formatos e direcionamentos, sempre respeitando o olhar de cada profissional; cada um contou com  autonomia e confiança. “Isso fez o trabalho fluir de forma leve. Temos liberdade para montar a equipe, planejar e executar. E o resultado aparece quando o grupo entende o propósito. Para a gente, é motivo de muito orgulho”, afirmou.

E mesmo diante de limitações orçamentárias, Simoneide garantiu que a comunicação da Bienal superou barreiras e estabeleceu um novo padrão para os próximos anos.

“Com poucos recursos, mas com parcerias e muito comprometimento, conseguimos viabilizar um trabalho grandioso. Em 2027, teremos transmissão ao vivo pela Rádio Ufal em dois horários e uma equipe ainda maior. A gente termina uma Bienal e já começa a pensar na próxima. Para nós, comunicação não é só trabalho, é o que nos move”, concluiu.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

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