Alagoas
Protocolo de analgesia de parto traz mais conforto para gestantes no HUPAA-Ufal
Procedimento resultou de pesquisa de mestrado realizada no Hospital Universitário
Maceió (AL) – Dar à luz a um bebê sem sofrer tanta dor parece uma realidade distante para muitas mães. Mas, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal), um protocolo de analgesia de parto vem reduzindo em quase 100% as dores das contrações uterinas. Administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o HUPAA-Ufal reforça o compromisso em oferecer parto seguro e humanizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O protocolo foi elaborado por sete profissionais de diferentes especialidades, dentre elas, anestesiologia, obstetrícia, fisioterapia obstétrica, enfermagem obstétrica e farmacêutica, e validado externamente por 12 profissionais com expertise no tema com uso de um método canadense, o que permite que seja utilizado por outros hospitais. “O protocolo já está publicado no site da Ebserh e alguns hospitais da Rede já o utilizam como referência para os procedimentos locais”, afirmou Roberta Caldas, uma das criadoras do protocolo e anestesista do HUPAA-Ufal.
O cocriador do protocolo e anestesista do HUPAA-Ufal, Rafael Peterson, explicou que o procedimento integra o programa de melhores desfechos maternos e fetais, que visa fortalecer o protagonismo da mulher e promover a segurança no parto normal. “O medo da dor é um dos principais fatores que levam à escolha da cesariana. Com o uso da analgesia, incentivamos o parto natural, o protagonismo da mulher, a diminuição das taxas de cesárea de risco, além de reduzirmos o tempo de internação e os custos hospitalares”, avaliou.
O cocriador do protocolo e anestesiologista do HUPAA-Ufal, Rafael Peterson, explicou que o procedimento integra o programa de melhores desfechos maternos e fetais, que visa fortalecer o protagonismo da mulher e promover a segurança no parto. “O medo da dor é um dos principais fatores que levam à escolha da cesariana pelas parturientes. Com o uso da analgesia, incentivamos o parto natural, o protagonismo da mulher e a diminuição das taxas de cesárea, as quais são mais associadas às complicações materno-fetais, tempo prolongado de internação e custos hospitalares”, avaliou.
Rafael explicou ainda que a analgesia pode ser solicitada pela paciente logo no início do trabalho de parto. “Já nos primeiros momentos de dor, a paciente em trabalho de parto pode solicitar a analgesia aos enfermeiros e/ou obstetras, e estes acionam a equipe de anestesia para que a gente faça esse manejo, que pode incluir técnicas não farmacológicas e farmacológicas, sendo o bloqueio do neuroeixo, como a raquianestesia e a peridural, considerado o padrão-ouro”, complementou.
Com o uso de doses menores e métodos mais modernos, a parturiente consegue manter a mobilidade, como caminhar e fazer exercícios para estimular o parto. “Quando percebi que não ia mais aguentar, pedi a analgesia. Minha dor reduziu drasticamente, a ponto de conseguir me sentir confortável para fazer os exercícios que colaboraram para a evolução do parto natural. Do contrário, ia demorar muito e ser mais sofrido”, relatou Júlia Isabelle Marques, 22 anos, outra paciente do HUPAA.
Publicação
O protocolo foi registrado na coletânea Proanestesia, com o artigo “Novas abordagens de analgesia de parto neuroaxial moderna”, assinado pelos anestesiologistas do HUPAA-Ufal, Roberta Caldas e Rafael Peterson, e pela médica Lise Costa, anestesiologista da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. O artigo foi inspirado na dissertação de mestrado de Roberta Caldas, desenvolvida no HUPAA-Ufal em 2023, sob o título “Desenvolvimento e avaliação da qualidade de um protocolo interprofissional de analgesia de parto em um hospital público do Estado de Alagoas”.
Para a chefe do setor de Gestão de Ensino do HUPAA, Monica Assunção, a publicação do artigo, associado à dissertação e ao protocolo assistencial, representa um importante ganho para os residentes do Programa de Residência em Anestesiologia do HUPAA-Ufal. “Diariamente, os estudantes vivenciam a prática ao lado de quem construiu o referencial teórico. Essa integração entre teoria e prática possibilita não apenas o acesso ao conhecimento, mas também uma execução mais assertiva e segura para o paciente”, destacou Monica.
Sobre a Ebserh
O HUPAA-Ufal faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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