Alagoas

Médica do Hospital Metropolitano destaca a importância do diagnóstico precoce do diabetes

No Dia Mundial do Diabetes, especialista alerta para necessidade de rastreamento e acompanhamento médico, ressaltando que a detecção precoce pode evitar complicações graves.

Neide Brandão / Ascom Hospital Metropolitano de AL 14/11/2025
Médica do Hospital Metropolitano destaca a importância do diagnóstico precoce do diabetes
A endocrinologista Jéssica Medeiros alerta para a importância do rastreio do diabetes - Foto: Brunno Afonso / Ascom Hospital Metropolitano de AL

O diabetes é uma doença crônica, silenciosa e cada vez mais presente entre os brasileiros. Embora não tenha cura, é possível controlar a condição e, em alguns casos, alcançar remissão – especialmente no diabetes tipo 2. No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a endocrinologista do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), Jéssica Medeiros, reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico contínuo.

“O diabetes não tem cura. Ele tem controle e, em alguns casos, até remissão. Hoje contamos com um arsenal terapêutico muito eficiente para o diabetes tipo 2, capaz até de induzir remissão dependendo da medicação e do quadro do paciente”, explica a médica. Ela enfatiza que, no caso do diabetes tipo 1, o tratamento é exclusivamente feito com insulina, iniciada logo após o diagnóstico.

Na maioria das vezes, o diabetes não apresenta sintomas evidentes no início. Muitas pessoas só descobrem a condição quando já surgiram complicações, como alterações visuais, renais ou cardiovasculares. Por isso, a médica faz um alerta: não espere sentir sintomas para investigar. “É essencial fazer o rastreamento. O diagnóstico precoce evita complicações e permite iniciar o tratamento de forma oportuna”, destaca Jéssica Medeiros.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio de exames simples, disponíveis na rede pública de saúde, como hemoglobina glicada, glicemia de jejum e curva glicêmica. Esses exames permitem identificar tanto o diabetes quanto o pré-diabetes, condição que, segundo a especialista, já deve ser encarada como doença.

“O pré-diabetes não é apenas uma fase antes do diabetes. Ele já representa risco aumentado para complicações e deve ser acompanhado por profissionais. No Brasil, entre 30% e 59% da população pode se enquadrar nesta classificação”, informa a médica do Hospital Metropolitano de Alagoas.

Dados

Atualmente, estima-se que 7,6% dos brasileiros já tenham diagnóstico de diabetes. Entre pessoas com a doença ou em risco, de 30% a 50% desconhecem a alteração glicêmica. Além disso, a condição afeta jovens, adultos, idosos e até crianças, no caso do diabetes tipo 1. Jéssica Medeiros também destaca a importância de atenção ao diabetes gestacional, cuja incidência vem aumentando. O diagnóstico é feito pela curva glicêmica entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.

O Hospital Metropolitano de Alagoas, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), é referência em média e alta complexidade, atende pacientes via regulação estadual e conta com equipe multiprofissional capacitada para diagnóstico, acompanhamento e tratamento de complicações associadas ao diabetes. A instituição reforça a importância do rastreamento, da educação em saúde e do manejo adequado para prevenir agravos. “Previna-se. Procure um médico para fazer o rastreamento e não espere ter sintomas para descobrir o diabetes. Quanto mais cedo identificamos, mais chances temos de evitar complicações”, alerta Jéssica Medeiros.