Alagoas
MPF acompanha grupos culturais afetados pelo afundamento do solo em Maceió
Reunião reforça importância da reparação cultural e destaca avanços na retomada das tradições em comunidades realocadas

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas promoveu, na última quarta-feira (1º), uma reunião com representantes de grupos culturais dos bairros atingidos pelo afundamento do solo em Maceió. O encontro teve como objetivo acompanhar as atividades desses coletivos, que seguem empenhados em preservar suas tradições mesmo após a realocação das comunidades.
Participaram da reunião integrantes das quadrilhas juninas Pé de Serra e Pisa na Fulô, além dos grupos de coco Reviver, Pau de Arara, Los Coquitos e do Instituto Ouro Preto. Todos apresentaram relatos sobre o processo de reconstrução de suas atividades culturais e o impacto positivo do apoio institucional recebido.
Betinho, do grupo Reviver e presidente da Liga dos Cocos, destacou o sentimento de superação vivido em 2024. “Todos os grupos chegaram muito longe e isso foi um legado gigantesco. Foi um ano de dar a volta por cima, mostrando um trabalho de excelência”, afirmou.
As procuradoras da República Júlia Cadete e Roberta Bomfim, presentes ao encontro, ressaltaram a importância de garantir suporte cultural contínuo e sustentável. “Conhecer de perto o trabalho desses grupos enriquece a vida profissional e pessoal. É um patrimônio que não se pode perder”, afirmaram.
Durante a reunião, também foram discutidas as ações de reparação cultural em andamento, como os projetos do Programa de Apoio Socioambiental (PAS) e os editais do Comitê Gestor de Danos Extrapatrimoniais previstos para este ano.
As procuradoras reforçaram que a criação de espaços públicos multifuncionais para ensaios e apresentações, bem como a oferta de oficinas e atividades permanentes, é essencial para garantir que a cultura continue sendo uma ferramenta de pertencimento e reconstrução. “O apoio cultural surgiu da escuta direta das comunidades, que mostraram que editais isolados não eram suficientes. Saber que o novo formato tem fortalecido as tradições é o que dá sentido a esse trabalho”, concluíram.
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