Alagoas
Ambulatório Estadual de Endometriose assegura assistência a mais de 500 mulheres em 13 meses de funcionamento
Ruana Padilha - Ascom Sesau
O Ambulatório de Endometriose da Rede Pública de Saúde do Estado registrou 566 atendimentos, com cinco cirurgias, em um ano e dois meses de funcionamento. Localizado no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, em Maceió, a unidade conta com atendimento multiprofissional, formado por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas.
O acesso ao serviço se dá pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), gerenciadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), que realizam o agendamento por meio do Sistema de Regulação Estadual (Sisreg). Durante o atendimento, a paciente deve estar portando a Carteira de Identidade e o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), além do encaminhamento do médico responsável.
A ginecologista do Hospital da Mulher e responsável pelo Ambulatório de Endometriose, Karine Lucena, explica que a endometriose causa diversos sintomas. Além de cólicas intensas durante o período menstrual, o problema de saúde também provoca dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias na fase da menstruação, além de infertilidade.
“É necessário investigar cólicas e dores pélvicas intensas. Pois quanto antes a doença for diagnosticada e o tratamento for realizado, melhores são os resultados de controle dos sintomas. Deste modo é possível evitar a progressão da doença para quadros de maior gravidade e obter melhor qualidade de vida”, alerta Karine Lucena.
Diagnóstico
A médica destaca, também, que o primeiro passo para o diagnóstico é o exame clínico. E que o tratamento varia caso a caso, com indicação de medicamento, até chegar à cirurgia. “O recurso terapêutico pode ser feito com o bloqueio da menstruação com hormônios, cirurgia laparoscópica e, se for necessário, com tratamentos de reprodução assistida para mulheres com dificuldade de gestar", esclarece.
Karine Lucena salienta que o HM realiza o mapeamento e a ressonância magnética da pélvis e alguns tratamentos cirúrgicos. "Reforço também que, mesmo após procedimento cirúrgico, a paciente deve manter o tratamento, adotando cuidados com a alimentação, mantendo atividades físicas regulares e mantendo o bloqueio da menstruação”, recomenda.
Beneficiada
Esse é o caso da dona de casa Viones Maria Sant’Ana, de 45 anos, moradora do bairro Santa Lúcia, em Maceió, que foi diagnosticada com endometriose há cinco anos. Ela conta que já realiza o tratamento medicamentoso para o bloqueio da menstruação e, por causa da doença, possui comprometimento intestinal e do ligamento do útero, necessitando de cirurgia.
“Com o tratamento, minha expectativa é a melhor possível para que eu tenha mais qualidade de vida. Tenho endometriose há cinco anos e fui diagnosticada após procurar consulta médica, devido às fortes dores abdominais e pélvicas que sentia e não sabia o porque”, recorda a dona de casa maceioense.
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