A Secretaria de Estado da Segurança Pública realizou uma coletiva, na manhã desta sexta-feira (13), para divulgar informações sobre as investigações que identificaram o acusado de cometer um latrocínio contra um fotógrafo no Centro de Maceió. O trabalho investigativo e integrado entre as Polícias Civil e Militar contou com o apoio da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

 De acordo com as apurações, o infrator cometeu o crime contra Moacyr Júnior utilizando uma arma branca, menos de quatro horas depois de deixar o Sistema Prisional. Ele havia sido preso em 14 de março deste ano por um roubo cometido com uso de uma faca, na região de Jaraguá, e liberado após alvará de soltura expedido pela Justiça.

 Imagens de câmera do circuito interno do Centro de Monitoramento Eletrônico de Presos e de prédios da região do crime, na Avenida da Paz, foram usadas para a elucidação do caso. Ainda segundo as investigações, o criminoso já responde pela morte de Edvan Davi de Oliveira, homicídio cometido em 2017 por motivo torpe e golpes de arma branca. O delegado Lucimério Campos, diretor de Polícia Judiciária da Capital e Região Metropolitana, disse ainda que ele também já agiu contra a própria família. 

“Nos registros da Polícia Civil também há o registro de um furto que ele cometeu contra a própria mãe. Segundo as informações, ele subtraiu o celular da vítima, que até chegou a procurá-lo, mas sem sucesso. Há muita semelhança nos crimes cometidos por ele e isso foi usado na elucidação dessa ação bárbara que resultou na morte de um inocente, que pelo mostrado nas imagens caminhava tranquilamente, carregando uma sacola, até que houve a abordagem. Os dois entraram em luta corporal e houve a perfuração. Imagens de vários estabelecimentos mostraram a fuga e percebemos que era a mesma pessoa liberada na manhã do crime”, disse o delegado.

O secretário de Gestão Interna da Segurança Pública, José Carlos dos Santos, lamentou o crime contra o fotógrafo e afirmou que as forças policiais estão focadas para capturar o acusado, que já teve prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário.

“Desde que tivemos conhecimento do crime iniciamos o trabalho para encontrar esse indivíduo. A identificação dele aconteceu com o grande apoio da Secretaria Executiva de Gestão Prisional da Seris, que registrou o momento em que ele ganhou liberdade. O infrator, inclusive, estava usando a mesma roupa que deixou a prisão no momento do crime contra um pai de família, que havia deixado o filho numa aula de natação minutos antes de ter a vida ceifada de forma tão brutal. A ação integrada seguirá até que consigamos tirar o criminoso de circulação”, afirmou José Carlos.

Também participaram da coletiva o delegado-geral adjunto, Eduardo Mero; o delegado do caso, Leonardo Assunção; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Amorim; o subcomandante-geral da PM, coronel Neyvaldo Amorim; o comandante do Policiamento da Região Metropolitana (CPRM), coronel Maciel Pantaleão; e o secretário executivo de Gestão Prisional da Seris, o policial penal Carlos Voss.