O Governo de Alagoas, através da Secretaria de Ressocialização (Seris), emitiu uma nota, neste sábado, 22, dizendo desconhecer qualquer relato de agressão à senhora Maria Aparecida nas dependências do presídio Santa Luzia, onde está detida desde a última sexta-feira para cumprimento de uma decisão judicial.

“As acusações serão apuradas em um processo administrativo aberto pela Seris. A senhora está em isolamento, não foi algemada e muito menos agredida, como alegou a defesa. Sua prisão passou por todos os procedimentos regulados e dentro da lei penal. Salientamos que não existe nenhum procedimento que passe por agressões dentro das nossas unidades prisionais”.

Também, neste sábado, pela manhã, a jornalista disse aos advogados que levou uma surra algemada dentro do presídio Santa Luzia. A revelação foi da defesa assinada por Thiago Pinheiro e Alessandra Wegermann. A advogada disse ter pedido exame de corpo de delito. “Ela me relatou que foi algemada de madrugada e que chegou a apanhar”.

O Governo negou que este pedido tenha sido feito, mas, mesmo assim, informou que o procedimento será realizado.

“É uma prisão injusta. Inclusive, na decisão judicial, diz que ela está com sentença transitada e julgado em vários processos. Não é verdade”, informou a defesa da jornalista.

“Temos uma senhora de 73 anos cujo estatuto do idoso está sendo desrespeitado. Ela nem sequer foi citada nem para se defender e foi levada direto para a prisão”.
Já o advogado Thiago Pinheiro informou que vai ingressar com três ações na Justiça pelo vazamento da foto de Aparecida presa. “Ela foi exposta como uma bandida. Vamos mover ações no âmbito administrativo, penal e cível”, finalizou.