Governo analisa a possibilidade de construir mais unidades de Centro de Parto Normal (CPN) em Alagoas. Foto: Rodrigo Marinho / Ascom Secria

A Secretaria Extraordinária da Primeira Infância (Secria) analisa a possibilidade de construir mais unidades de Centro de Parto Normal (CPN) em Alagoas, a fim de diminuir intervenções desnecessárias à mãe e ao recém-nascido, reduzir complicações no trabalho de parto e puerpério e óbito, além de minimizar o impacto financeiro com a diminuição do tempo de hospitalização. Para isso, a secretária Paula Dantas e a equipe técnica da pasta fizeram uma visita ao CPN Imaculada Conceição, nesta terça-feira (31), no município de Marechal Deodoro.

A visita teve por objetivo verificar se a estrutura está adequada às demandas recebidas pelo CPN e se há pontos observados pelos profissionais que podem passar por melhorias, a fim de que as equipes de saúde tenham disponível um espaço apropriado para práticas ainda melhores. “A partir daí, vamos construir um projeto. Vamos visitar outras unidades, porque é muito importante ouvir as contribuições dos profissionais que estão no dia a dia. A experiência prática é diferente do protocolo”, afirmou Paula Dantas.

A análise da Secria se deve ao fato de a primeira infância compreender o período desde a gestação até os 6 anos de vida. Com isso, o fortalecimento do atendimento humanizado, com atenção ao suporte emocional e ao atendimento da mulher e do recém-nascido nos CPNs, sem interferir no processo fisiológico do parto, permitirá que a mãe vivencie o momento de forma prazerosa e segura.

CPN Imaculada

Reaberto em agosto de 2020, com modelo de parto humanizado, o CPN Imaculada Conceição realiza, em média, 20 partos/mês. Segundo a diretora do Centro de Parto Normal, Tyciane da Conceição Santos, desde a reabertura, são quase 500 partos e nenhum óbito.

O secretário municipal de Saúde de Marechal Deodoro, Sival Clemente, explicou que, antes, no local, funcionava a Unidade Mista Imaculada Conceição, com atendimento em clínica médica, pediatria e obstetrícia, que passou seis anos fechada. Anteriormente ao CPN, as gestantes tinham seus filhos em Maceió. “O ganho é grande em ter um CPN em Marechal, pois evita o deslocamento da gestante. Antes ocorriam muitos óbitos maternos e de recém-nascidos”, explicou Sival.

O CPN Imaculada Conceição dispõe de três salas de PPP (pré, parto e pós-parto), sendo dois com banheira. São oito enfermeiras obstétricas, uma por plantão. Quatro médicas para urgência e clínica. Elas não fazem parto, pois o procedimento é realizado pelas enfermeiras. A unidade dispõe de ambulância própria e, em caso de risco habitual, a gestante é conduzida ao Hospital da Mulher. Nos casos de alto risco, a paciente é levada para a Maternidade Santa Mônica, em Maceió.