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HEA: Palestra e homenagem marcam encontro de Serviço Social

19/05/2022
HEA: Palestra e homenagem marcam encontro de Serviço Social

Colóquio recebeu profissionais de serviço social de outras instituições

Razão e emoção se encontraram durante o Iº Colóquio de Serviço Social no Âmbito Hospitalar, ocorrido no auditório do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca. Além de profissionais do próprio hospital, também participaram do evento assistentes sociais de outras instituições, numa democratização da informação através do encontro promovido, com apoio da Gerência, pela Coordenação de Serviço Social do HEA.

“O papel do serviço social é primordial dentro do hospital. Já mostrava isso no Trauma, em que o HEA é referência no Estado, e assumiu um papel importante com uma postura humanizada principalmente no período crítico da Pandemia de Covid-19. Todo o meu agradecimento aos profissionais que se dedicam a fazer esta intermediação entre os vários setores do hospital, pacientes e familiares”, declarou Bárbara Albuquerque, gerente do Hospital de Emergência do Agreste.

A gerente Bárbara Albuquerque elogiou o trabalho humanizado realizado pelo serviço social no HEA

A programação divulgada oficialmente contava com a palestra da assistente social Evelyn Costa do Nascimento, que atualmente trabalha no Hospital da Mulher. Evelyn fez uma viagem pela história do Serviço Social, ainda mostrou ao público as inquietações da profissão, os trabalhos que podem ser desenvolvidos e as vitórias conquistadas ao longo do tempo. “Pudemos discutir um pouco sobre o exercício profissional na saúde, especificamente no ambiente hospitalar, nosso fazer profissional no dia-a-dia, planejamento e ações, e trocamos conhecimento com o público”, afirmou a aplaudida Evelyn.

O Colóquio foi a maneira encontrada para comemorar o Dia do Assistente Social, celebrado no último domingo (15). Também acompanharam a palestra, profissionais do Hospital Regional de Arapiraca, Centro Hospitalar Manoel André (Chama) e da Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Moniza Amaral, coordenadora do Serviço Social no Hospital Regional de Arapiraca, considerou o momento enriquecedor. “Foi um momento de troca de conhecimento muito importante para todos. A palestrante foi maravilhosa. Foi muito bom o hospital de emergência oportunizar isso a profissionais de outros hospitais. Foi incrível”, comemorou.

Elza Teófilo (à direita) recebe homenagem pelos serviços prestados no HEA

Surpresa – Que a palestra seria sucesso, todos sabiam. Mas nem todo mundo sabia de uma outra programação. A coordenadora de Serviço Social do HEA, Thaysa Mariá, convidou as profissionais do setor para fazer uma homenagem a uma das mais experientes e considerada referência pelas colegas de trabalho.

Elza Teófilo tem 60 anos de idade, sendo 40 de formação em serviço social. As histórias de Elza e do Hospital de Emergência do Agreste se confundem. Ela é pioneira no HEA. Está desde o começo da história da instituição. Completa 19 anos de serviços prestados e bem prestados nestas alas e corredores. Elza decidiu e anunciou ao grupo de colegas que em 2022 vai se aposentar.

Público presente no auditório do HEA parabenizou a palestra de Evelyn Costa do Nascimento

Diante da informação, a coordenação resolveu prestar uma homenagem pelos serviços prestados por Elza ao setor, ao hospital, aos tantos familiares e profissionais que puderam e podem, ainda, desfrutar de lições práticas ensinadas pela experiente profissional.
Em todos os seus locais de trabalho, em todas as áreas que atua, ela se destaca por possuir uma prática profissional focada em zelar pelos direitos dos usuários, através da execução de um trabalho ético-político em conformidade com o que preconiza a profissão.

“Assistente Social especialista em Gestão pública, servidora pública, conselheira, filha, esposa, mãe e avó por excelência. Essa é Dona Elza. A nossa Elza. À querida amiga e colega de profissão, nossa sincera gratidão e respeito por ter compartilhado conosco conhecimentos, companheirismo e amizade, que serviram para tornar nosso cotidiano mais leve e nos estimular a exercer nossa profissão com excelência”, discursou Thaysa, emocionada e levando as colegas às lágrimas.

“Elza assume o projeto ético-político da profissão que abraçou como seu próprio projeto de vida uma vez que a mesma integridade, ética e atenção que dedica ao trabalho o faz nas suas relações pessoais e sociais, seus valores e princípios se locupletam. Um dia alguém me disse: “acho a Elza muito assistente social”. Fiquei reflexiva e concluí que ela ama o que faz, portanto ela não “está” assistente social, ela é assistente social.

Thaysa Mariá (à direita), coordenadora do Serviço Social do HEA, recebe reconhecimento pela organização do colóquio

A “nossa” Elza jamais se deixou levar por vaidades. Sendo gestora municipal nunca se permitiu deixar de cumprir os seus plantões, jamais se permitiu ser aconselhada pelo ego: maturidade que poucos alcançam. Nesse momento que ela se prepara para sair do “palco” da Unidade de Emergência passa um filme pela memória, registrando o quanto ela é incansável, inquieta, aguerrida.

Iniciamos o Serviço Social deste hospital com muito poucas referências de unidade de trauma, tínhamos o mínimo de conhecimento, mas todas com o compromisso e desejo de construir o melhor trabalho tendo como base o respeito ao usuário, a escuta atenta e qualificada, a humanidade no trato com quem já chega para nós em sofrimento. Creio que conseguimos avançar bastante naquele período, tivemos ações coesas e você, Elza, sempre foi um ponto de equilíbrio em vários momentos e situações”, escreveu a colega e amiga Rosana Queiroz.

Presentes, homenagens, fotos, lágrimas e sorrisos, afinal, a Elza deixará o hospital com um legado e uma legião de amigas e amigos. “O hospital é uma escola. É muito difícil lidar com fragilidade, sofrimento, angústia de familiares e ainda fazer a orientação, fazer valer os direitos deles, exercendo, nestes momentos complicados, um trabalho humanizado. Trabalhar com os outros profissionais, de outros setores, fazer valer as políticas públicas. Tudo é aprendizado. Fiquei surpresa com a homenagem, emocionada. É gratificante saber que o que foi semeado, fazendo o meu melhor, com ética e integridade, vai ficar nestes corredores, nas pessoas. Estou indo embora, mas deixando um pouquinho de mim”, afirmou Elza.

“É uma profissão que exige muito amor e dedicação. Mexe muito com o emocional. No entanto, somos profissionais abnegadas à função, principalmente com a humanização do serviço”, afirmou Thaysa Mariá, coordenadora do Serviço Social do HEA.