Geral
Prédio destinado a IML não recebeu novo projeto e nem foi demolido conforme acordo na Justiça
Há 14 anos um elefante branco está fincado às margens da Rodovia BR-316, em Palmeira dos Índios. Uma obra inacabada – desde o governo Ronaldo Lessa – que atravessa quatro mandatos e não foi concluída.
Lá deveria estar funcionando uma das sedes do Instituto Médico Legal de Alagoas. Passado esse tempo todo, o que se vê é uma estrutura inacabada e totalmente abandonada, entregue ao mato, lixo e invasores. O local serviu de estábulo para cavalos e até para abrigar carros queimados e totalmente inutilizados. A construção do prédio foi iniciada durante o governo de Ronaldo Lessa e está parada desde 2007. Por este motivo, as famílias das vítimas de mortes violentas, seja no trânsito ou no trabalho, homicídio e suicídio, da região, ficam horas à espera do veículo do IML, o “rabecão”, para recolher os corpos dos parentes.
São constantes os casos em que corpos de vítimas de armas de fogo ou acidentes são recolhidos horas após o sinistro.
Alagoas tem uma população de mais de três milhões de pessoas, de acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E para atender essa demanda, o estado possui apenas duas sedes do Instituto Médico Legal (IML) ativas, sendo uma Maceió e outra em Arapiraca, que dos 102 municípios alagoanos, é responsável pela realização de laudos cadavéricos e exames de corpo de delito e de lesão corporal em 52 cidades do Agreste e do Baixo São Francisco. Em Maceió, o IML do Tabuleiro dos Martins foi inaugurado em junho de 2019 e o governo fez um investimento de R$25 milhões para sua construção.
Mesmo com a carência do serviço na região, o IML de Palmeira dos Índios não será construído e a população do quarto maior Município de Alagoas e de vários outros municípios satélites deverão se conformar com o serviço prestado pelo IML de Arapiraca.
O Ministério Público ingressou em 2019 com uma Ação Civil Pública em face do Estado de Alagoas e o Município de Palmeira dos Índios com o objetivo de demolir a obra inacabada do IML palmeirense.
Em 2019 a promotoria de Justiça de Palmeira dos Índios firmou um acordo com a Procuradoria do Município de Palmeira dos Índios, homologado pelo Juiz da 2ª Vara de Palmeira dos Índios onde ficou acertado que o Município no prazo de seis meses (contando desde março daquele ano) deveria apresentar em juízo um novo projeto para a obra no local e teria mais seis meses para iniciar a obra. Até hoje, passados dois anos, não se sabe se o projeto foi apresentado e o Município de Palmeira dos Índios que deveria em 90 dias demolir a estrutura inacabada, caso não o apresentasse, também não cumpriu a determinação e o prédio inacabado continua no local.
Mais lidas
-
1AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Processo criminal contra Prefeito Júlio Cezar é redistribuído para Juizado da Violência Doméstica
-
2REVIRAVOLTA EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Gervásio Neto na eleição deverá afastar Paulo Dantas do palanque do "imperador" e Julia Duarte
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Mudanças na Câmara Municipal: vereador Fábio Boneta tira licença de 120 dias e entra Flávio Emiílio
-
4XEQUE-MATE EM ARAPIRACA
Prefeito Luciano Barbosa neutraliza adversário com jogada estratégica
-
5SAÚDE
'Cabeça de Ozempic': o novo efeito colateral que viralizou nas redes; entenda