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[PALMEIRA] Pedido de R$100 milhões de Júlio Cezar para suplementação no orçamento gera incômodo
Desde o dia 28 de maio que o prefeito de Palmeira dos Índios Júlio Cezar da Silva (MDB) aguarda com ansiedade a apreciação de um Projeto de Lei n. 04/2021 em que pede a autorização do Poder Legislativo para uma suplementação de 30% no Orçamento do Município.
O pedido foi feito pessoalmente em sessão plenária – onde o gestor justificou que precisaria destas autorizações de despesas.
Suplementação são despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento anteriormente aprovada.
O percentual solicitado de trinta por cento é equivalente a R$100 milhões de Reais.
Na verdade, trata-se de um verdadeiro cheque em branco para que possa gerir o Município, sem praticamente necessitar de outras aprovações dos vereadores.
O PL que está na Mesa do Presidente Roninha Raimundo (PSL) desde a data de sua apresentação na Câmara gera um incômodo entre os edis que estão reticentes em dar a suplementação à Cezar, apurou a Tribuna do Sertão.
Alguns vereadores já comentam em reduzir o percentual para apenas 3% ou vetar totalmente a suplementação dando a oportunidade ao prefeito de que sempre que precisar de mais recursos possa encaminhar a Câmara o PL descritivo justificando a necessidade ocasional.
Acordo ainda não cumprido
A Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios entrou em recesso nesta quarta-feira (16). As atividades legislativas estão suspensas até o dia 1° de julho, devido ao “encurtamento das férias” votado e aprovado na legislatura passada.
No início deste mês de junho, duas sessões foram adiadas – uma por falta de quórum e a segunda em razão do agravamento da pandemia.
A sequência de interrupções das sessões causou estranheza.
Após a “revolta dos fiscais do povo”, o movimento feito pelos vereadores com o intuito de fiscalizar as ações e possíveis irregularidades da prefeitura, onde discursos acalorados contra a gestão e seus membros eram proferidos no plenário da Casa – prefeito e vereadores fizeram as pazes a troco de nomeações e outras benesses que correm à boca pequena na cidade.
Contudo, nos bastidores, comenta-se que o acordo só foi cumprido em parte e por isso o “empurra de barriga” na apreciação dos projetos propostos à Câmara Municipal.
Nem uma viagem à Brasília entre o prefeito, o presidente da Câmara e o primeiro secretário da Mesa para “tratar de assuntos institucionais” resolveu o problema.
Os edis ainda esperam a concretização do que foi tratado para poder enfim votar o que pede o prefeito Cézar, o que pode acontecer a qualquer momento ou não (em sessão extraordinária) a depender do cumprimento das promessas.
Mas quanto custará ao Executivo (entre cargos e benesses) a aprovação de mais R$100 milhões ao orçamento?
O que o leitor acha?
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