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Extração de cobre: MVV utilizará apenas água bruta durante toda operação

08/01/2021
Extração de cobre: MVV utilizará apenas água bruta durante toda operação

A implantação do Projeto Serrote da Mineração Vale Verde (MVV) segue avançando no Agreste alagoano, entre as cidades de Arapiraca e Craíbas. Cerca de 90% das obras já estão concluídas, tendo previsão de operação já em meados de 2021 com o beneficiamento do concentrado de cobre.

Durante o processamento do minério, o uso da água é essencial para separar os minerais de cobre.

Segundo o gerente geral de Operação da MVV, Tony Lima, a água utilizada no Projeto vem do rio São Francisco. Em fevereiro de 2020, a empresa recebeu do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) a Licença de Operação (LO) da adutora de conexão.

CAPTAÇÃO

Em 2014, o Governo de Alagoas construiu uma adutora em uma parceria público-privada (PPP) com 57 km de extensão que capta água em Traipu e leva até Arapiraca.

O sistema original foi construído com uma capacidade muito maior do que é utilizada atualmente e atende os municípios agrestinos e, ainda, o Projeto Serrote.

Além disso, a MVV irá consumir menos de 15% da capacidade total de água do sistema e da rede de água bruta, não tratada (isto é, imprópria para o consumo humano). São cerca de 180 m³/h para o Projeto – a capacidade total do sistema é de 1.500 m³/h.

Já a população recebe água diretamente da rede de distribuição da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), ou seja, água tratada. Com isso, o Projeto não afetará a disponibilidade e o abastecimento de água para a população, uma vez que a destinação de água para o Projeto foi planejada justamente para que não haja impacto nesse sentido.

“A nova adutora e a nova Estação de Tratamento de Água, construídas por meio da PPP, já atendem com mais água a parte alta de Arapiraca e as cidades de Craíbas e Igaci. Esse sistema já foi construído e planejado para atender também o Projeto Serrote da Mineração Vale Verde. Vale frisar que, em final de plano, ele vai produzir até 1.500 metros cúbicos de água por hora, podendo destinar até 500 metros cúbicos para a MVV, sem nenhum prejuízo para a população local. Porém, a MVV consome muito menos do que será disponibilizado a ela”, pontuou o presidente da Casal, Clécio Falcão.

7 KM

O Projeto Serrote está utilizando mais de 7 mil metros de tubos de polietileno de alta densidade (PEAD) de 14” de diâmetro para o transporte da água bruta.

É importante salientar que haverá reutilização desse bem não renovável. Todo o processo de beneficiamento do minério de cobre da MVV foi projetado pensando no desenvolvimento sustentável, utilizando apenas água bruta. Esse processo reutilizará o máximo de água possível, justamente para que não haja desperdício.

A adutora de Água Nova é uma obra fundamental para o Projeto Serrote, representando redução de custos e de danos ambientais com o uso recorrente desse recurso natural.

Há, ainda, diversas ações internas que minimizam o desperdício, como a que rendeu o 22º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica 2020, concedido pela Revista Minérios & Minerales à MVV, por meio de artigo publicado pelo técnico de Meio Ambiente da empresa, Jaédson Oliveira, com coautoria do coordenador de Meio Ambiente da MVV, André Maia.

Eles relataram sobre a experiência da substituição de sacolas plásticas no Centro de Educação Ambiental (CEA) da MVV por tubetes reutilizáveis. Essa medida deu uma maior produtividade de mudas de plantas nativas da região (3,5x mais) usando a mesma quantidade de água.

Outro exemplo é o projeto desenvolvido pelo supervisor de Segurança Patrimonial da MVV, Anderson Neves, compreendendo reutilizar a água condensada do ar-condicionado dos escritórios administrativos.

Cada ar-condicionado tem um reservatório que armazena cerca de 10 litros. Essa água, portanto, pode ser reutilizada em afazeres domésticos, como a limpeza de banheiros ou mesmo jardinagem. Um item econômico e sustentável.

É com esse olhar para “um futuro mais verde” que a MVV segue pensando diferente e fazendo mais.

SOBRE A APPIAN

Desde 2018, 100% do capital da MVV pertence a um fundo de investimentos administrado pela Appian Capital Advisory LLP focado em mineração. O fundo também possui um ativo no Brasil no município de Itagibá (BA), denominado Atlantic Nickel, com foco na produção de concentrado de níquel sulfetado e capacidade nominal de 120 mil toneladas/ano, que voltou a operar em janeiro de 2020. Sediada em Londres, a Appian possui ainda escritórios em países como África do Sul e Canadá.