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OMS atribui nova alta de casos a “politização” da pandemia
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para uma “fadiga da pandemia” e contra a politização do coronavírus num momento em que o mundo passa opor um crescimento de contágios e o consequente aumento da lotação de hospitais.
“Muitos países do Hemisfério Norte estão vendo um aumento da preocupação com casos e hospitalizações”, ressaltou Tedros, falando a repórteres em Genebra nesta segunda-feira (26/10). “As unidades de terapia intensiva estão lotando em alguns lugares, particularmente na Europa e na América do Norte”, frisou.
Mais de 43 milhões de pessoas em todo o mundo testaram positivo para o novo coronavírus desde o início da pandemia, e mais de 1,1 milhão de pessoas morreram em consequência da covid-19. Na última semana, o mundo tem registrado mais de 400 mil novos casos por dia.
Tedros disse ter compreensão pelo fato de as pessoas estarem sentindo agora uma “fadiga da pandemia”, como resultado de restrições e lockdowns. “Trabalhar em casa, escolarizar as crianças remotamente, não poder comemorar datas com amigos e familiares ou não poder se despedir de entes queridos é difícil, e a fadiga é real”, disse o chefe da OMS.
“Mas não podemos desistir”, ponderou. “Os líderes devem equilibrar a perturbação causada a vidas e meios de subsistência com a necessidade de proteger a saúde de trabalhadores e de sistemas de saúde, à medida que as unidades de terapia intensiva ficam mais cheias.”
Ele também pediu aos líderes mundiais que sigam os conselhos de especialistas e parem de politizar o vírus. “Onde tem havido divisão política a nível nacional; onde tem havido desrespeito flagrante pela ciência e profissionais de saúde, a confusão se espalhou, e casos e mortes aumentaram”, alertou. “É por isso que eu disse repetidamente: parem com a politização da covid-19.”
Os comentários de Tedros foram feitos após Mark Meadows, chefe de gabinete do presidente Donald Trump, afirmar à CNN que o governo americano não acredita mais que seja possível conter a pandemia. “Nós não vamos controlar a pandemia. Vamos controlar o fato de termos vacinas, tratamentos e outras mitigações”, disse Meadows, comparando a letal Covid-19 a uma gripe sazonal.
A Europa passou a ser uma das principais preocupações atuais da OMS. ”Não há dúvidas de que a região europeia seja atualmente um epicentro da doença”, afirmou o diretor para urgências médicas da OMS, Michael Ryan. Somente na semana passada, 46% das infecções mundiais por coronavírus e quase um terço das mortes foram registradas na Europa.
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