Economia
Moedas digitais não vão adiante porque economia já está digitalizada
O ex-presidente do Banco Central (BC) Arminio Fraga disse nesta quarta, 16, que as moedas virtuais, como o bitcoin, não devem provocar uma grande mudança da política monetária praticada pelos bancos centrais.
Segundo Arminio, num mundo que já é digital, o estoque de moedas perdeu importância para os bancos centrais, que operam mais em cima das taxas de juros.
“Acho que não vai mudar muito, não. A política monetária tem seus limites. Hoje os bancos centrais viraram ‘resolvedores’ de todos os problemas. Na verdade não são, mas, de fato, têm muito poder, e esse poder seguirá sendo exercido com seus grandes benefícios e também com riscos”, afirmou Arminio Fraga durante live sobre sistema financeiro promovida pelo Instituto Propague.
“Acho que os bancos centrais precisam fazer o seu trabalho mais ou menos como sempre, adaptados à tecnologia atual. A moeda digital já chegou”, complementou o ex-presidente do BC, que considera as moedas virtuais como um fenômeno abraçado por hiperliberais que não querem nada que seja supervisionado pelo governo.
Ele acrescentou ainda que as criptomoedas podem até funcionar para transferências, dada a sua tecnologia, mas são instáveis, não são baratas e não têm valor de compra.
Autor: Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis
Copyright © 2020 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1SAÚDE
O que é caminhada de gorila: o exercício que está conquistando o mundo, melhorando a força e o equilíbrio
-
2EDUCAÇÃO
Em Brasília, Rafael Brito conquista aprovação do piso salarial para todos servidores da educação
-
3POLÍTICA
Bolsonaro muda agendas em SC e veta presença no palco de pré-candidata do PL que criticou sua gestão na pandemia
-
4'DE MESTRE DE OBRAS A PRESIDENTE DO IGPS'
O escândalo do instituto que recebeu R$ 30 milhões em Palmeira e que está sob investigação federal
-
5CONTRA O POVO
Vereadores da "bancada do imperador” mantém veto à projeto de lei que proibiria corte de água e energia sem avisar consumidor