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Covid-19: Estudo da NTU nega relação entre uso de ônibus e aumento de casos

17/09/2020
Covid-19: Estudo da NTU nega relação entre uso de ônibus e aumento de casos

Os dados do estudo realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) foram divulgados na última quarta-feira (17) e mostra que uso do transporte coletivo não colabora para o aumento de número de contágio do coronavírus. O estudo não identificou evidências que seja suficiente atribuir ao transporte coletivo o foco de contágio e disseminação do novo vírus.

Os dados foram agregados em semanas epidemiológicas, para que fosse estabelecido o mesmo referencial com a demanda de viagens realizadas por passageiros no transporte público por ônibus. No total, são 255 registros contendo os dados coletados.

O estudo foi realizado nas últimas 17 semanas de 2020 e em 15 cidades brasileiras, municípios responsáveis por mais de 335 milhões de viagens. E neste mesmo período foram avaliados os números do governo federal através do Sistema Único de Saúde (SUS) de registros de casos confirmados da covid-19. O estudo não detectou evidências que determinem o transporte coletivo de passageiros como o foco de contágio e disseminação do coronavírus. Porém, não descartou o fato do transporte ser um ambiente onde pode ocorrer o contágio, mas reforça que qualquer ambiente, como restaurante, escritórios, lotéricas, por exemplo, também são suscetíveis ao risco do vírus por ser um ambiente de circulação de pessoas.

Em Maceió o número de casos do coronavírus está em queda, assim como em todo estado de Alagoas. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros (Sinturb), Guilherme Borges, o estudo mostra que o transporte coletivo não pode ser tido como o principal vetor de contágio do vírus.

“O estudo da NTU nos mostra um importante dado, que é a falta de evidência que o transporte pode ser o principal vetor de contaminação do coronavírus, apesar de ser um local de circulação de pessoas, não existe apenas o transporte coletivo. Apesar de Maceió não ter sido acompanhada nos estudos, as empresas de forma individual acompanham os números de contágio e também temos o registro de que o aumento do número de passageiros nas últimas semanas não influenciou em aumento de casos, pelo contrário, Maceió está em queda há algumas semanas”, destacou.

Em contrapartida, Borges acredita que não é momento de relaxar com as medidas de higienização e cuidados pessoais dentro do transporte. “As ações de higienização continuam em todas as empresas, com uso de geradores de ozônio e pulverizadores, além também das campanhas de conscientização para o passageiro e rodoviário manter o uso da máscara sempre durante as viagens”, ressaltou o presidente do Sinturb.