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Após alta no desmatamento na Amazônia, Mourão critica sistema de monitoramento
Após o Brasil indicar alta de 34% no desmatamento da Amazônia este ano em relação ao anterior, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira, 7, que os sistemas de monitoramento brasileiros “não são os melhores” e precisam ser aprimorados. Mourão também afirmou que é preciso resolver o “problema fundiário” da Amazônia para controlar a devastação ambiental na região.
“Óbvio, temos que tratar do problema fundiário da Amazônia. Se não resolvermos o problema fundiário da Amazônia, vamos continuar nesse eterno jogo de gato e rato em relação a índice de desmatamento”, disse o vice durante videoconferência promovida pela FSB Comunicação na manhã desta sexta-feira.
Mourão também reforçou que existe pressão para o governo atuar para diminuir os índices de desmatamento. Os alertas do Deter, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), devem fechar em mais de 9.170 km² para o período de agosto de 2019 a julho de 2020. O valor indica um avanço de 34% no desmate em relação ao período anterior, o maior desde 2016.
“Há muito desencontro, porque nós temos uns sistemas de monitoramento que não são os melhores. O nosso sistema de monitoramento de apoio à decisão se ressente de uma melhor qualidade, é uma tarefa que nós precisamos avançar”, declarou Mourão. “Os satélites que nós temos são satélites óticos, que não enxergam durante período das chuvas, não enxergam durante o período de nuvens. Precisamos avançar para ter uma tecnologia radar, temos aeronaves não tripuladas de melhor nível, em que possam manter um acompanhamento da situação da cobertura vegetal de forma mais, digamos assim, com melhor qualidade, do que só pura e simplesmente a imagem satelital”, acrescentou o vice.
Autor: Julia Lindner
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