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Redes sociais diminuem distância entre usuários e profissionais dos Caps

18/07/2020
Redes sociais diminuem distância entre usuários e profissionais dos Caps
Elia Lourenço é uma das usuárias do Caps Rostan Silvestre.

Saudade: sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar. Essa é uma das definições do dicionário para uma palavra que engloba várias sensações. Em tempos de pandemia do novo coronavírus, usuários e profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vêm encontrando alternativas para amenizar a distância física entre eles.

“Eu estou com saudade de vocês. Obrigada por ter me ligado”. Foi assim que a usuária Elia Lourenço encerrou uma das ligações recebidas dos profissionais do Caps Rostan Silvestre, que fica na Jatiúca. “Eles sempre me ligam. Oxe, eu fico tão feliz, porque eu gosto demais deles. Eles são muito especiais na minha vida. Fazer meu tratamento no Caps foi a maior benção que eu alcancei, porque senão eu não sei nem como faria”, frisa a usuária.

Como estratégia, a Gerência de Atenção Psicossocial da SMS e os Caps criaram grupos em WhatsApp, canais no Youtube e redes sociais, como o Instagram, para realizaram lives de debates, encontros e atividades para os usuários e o público em geral. Além disso, ligações e acompanhamento do prontuário dos usuários também estão sendo realizados.

Uma das unidades que apostou no Instagram e grupos de WhatsApp foi o Caps Rostan Silvestre. “A  gente tem usado o instagram e um canal interativo no Youtube, criado por nosso educador físico, para compartilhar atividades como alongamentos, meditação, informações sobre nutrição e outras atividades que eles viviam aqui”, explica a assistente social Márcia Arruda.

Os recursos são utilizados para acompanhamento dos usuários que já eram atendidos e da nova demanda, formada pela população em geral, que desenvolveu algum sofrimento psíquico por conta da Covid-19.

“A gente tem uma lista com o nome, data que veio no Caps, número do prontuário e a data que a gente fez a última chamada. A cada 15 dias a gente liga pra essas pessoas pra saber com ela está, se precisa de alguma coisa, de alguma medicação ou conversar”, conta a assistente social.

De forma presencial, seguem sendo ofertados nas unidades os acolhimentos presenciais, reavaliações dos usuários, auriculoterapia e as escutas com aqueles pacientes que necessitam. Os profissionais fazem ainda visitas domiciliares aos usuários que estão em crise, mas não podem ir à unidade. Também estão sendo encaminhados em casa os medicamentos para aqueles usuários que são do grupo de risco.

“A gente está sempre à disposição e em contato. Caso o usuário esteja muito angustiado, podem vir até nós. E é bom que a gente pode fazer bem a eles, porque vocês fazem bem pra gente também”, finaliza a assistente social.

Siga o Instagram das unidades:

Gerência de Atenção Psicossocial

Caps Sadi Carvalho (Chã de Bebedouro)

Caps Rostan Silvestre (Jatiúca)

Youtube: Canal interativo

Márcia Arruda (assistente social) e a Cláudia Silvestre (terapeuta ocupacional) acompanham fichas dos usuários.