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Sem auxílio emergencial: ex-servidores da prefeitura denunciam que seus nomes ainda constam na lista de funcionários
A Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público de Contas (MPC) anunciaram no início da semana (08) que notificaram a prefeitura de Palmeira dos Índios por possível irregularidade no pagamento do Auxílio Emergencial a servidores.
Os órgãos de controle detectaram pagamentos do auxílio governamental a servidores, o que é ilegal.
Porém após a veiculação da notícia outra suposta fraude ou erro foi detectado: ex-servidores do município (prestadores de serviço e ocupantes de cargos comissionados) que estão desempregados procuraram a redação da Tribuna do Sertão para denunciar que tentaram fazer o cadastro para receber o auxílio emergencial do governo, mas tiveram o pedido negado porque ainda hoje constam na relação de servidores do município.
O sistema do governo federal não aprovou o auxílio desses ex-servidores por não atender as exigências do cadastro, onde um dos pré-requisitos é não ser servidor público.
Acontece que alguns dessas pessoas já deixaram o quadro da prefeitura há mais de 3 meses, outros há mais de seis meses e outros há mais de 1 ano.
“Descobri que nunca deram baixa. Para o governo federal continuo trabalhando. A pergunta é quem está recebendo no meu lugar”, indaga um dos prejudicados.
Indignado um filho de um dos ex-servidores disse à Tribuna: “Ele está sem renda nenhuma e não pode receber o auxílio emergencial por que continua empregado na prefeitura de Palmeira dos Índios, sendo que desde 2019 ele foi demitido”, relata.
Revoltados com o descaso, pois estão em situação de vulnerabilidade e precisam da colaboração do Governo Federal para sua subsistência, os denunciantes acusaram o prefeito Júlio Cézar (PSB) e a secretaria de Gestão Pública Cinara Barbosa como responsáveis pela situação.
Um servidor da prefeitura justificou no início de maio a uma das denunciantes que a prefeitura estaria retirando os nomes dos ex-servidores que ainda constavam na relação do Município e culpava o INSS pela demora, mas até o fechamento da matéria (neste sábado, 13) ainda não tinha sido realizada a retirada e os ex-servidores continuam prejudicados.
Sabe-se que os ex-servidores (em número expressivo) tentaram de todas as maneiras resolver a questão de forma administrativa, mas nunca conseguiram contato com a atual secretária de gestão pública – que é inacessível (a fama já extrapola fronteiras), vive encastelada, maltratando os “súditos” do imperador.
Sem ter acesso a quem deveria dar a resposta, os denunciantes procuraram a imprensa livre, a OAB que os encaminharam à Defensoria Pública para tentar resolver a questão de modo definitivo.
“Queremos nosso direito, estamos precisando do dinheiro. E a pergunta é: quem está recebendo em meu nome? Quem é o laranja que esta me prejudicando?”, indagou revoltada uma das pessoas prejudicadas.
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