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Covid: na contramão do Reino Unido, Leicester decreta isolamento após novos casos
O Reino Unido impôs um confinamento rigoroso de pelo menos duas semanas à cidade de Leicester após detectar novos surtos do novo coronavírus, ofuscando as tentativas do primeiro-ministro Boris Johnson de volta à normalidade. Lojas não essenciais e escolas foram fechadas. E a abertura de pubs e restaurantes determinada no Reino Unido não vale para a cidade localizada a 150 quilômetros de Londres.
O Reino Unido tem sido uma das nações mais atingidas pela pandemia, com mais de 54 mil mortes, embora as infecções tenham diminuído e muitas restrições tenham sido flexibilizadas a partir de sábado (27) para revitalizar a economia.
Boris Johnson disse que o país não pode continuar sendo “prisioneiro desta crise” e traçou planos para impulsionar a economia britânica, devastada pelo coronavírus. “Se a crise nos ensinou uma coisa, é que este país precisa estar pronto para o que está por vir, e precisamos ser capazes de avançar com níveis de energia e velocidade que não precisamos há gerações”.
No entanto, em Leicester, a flexibilização foi revertida depois que os números mostraram que a taxa de infecção nos últimos sete dias era três vezes maior que a próxima pior cidade. Leicester, que tem cerca de 330 mil habitantes, respondeu por 10% dos casos positivos na Inglaterra na semana passada, informou o governo.
“Agradeço ao povo de Leicester por sua tolerância”, disse Johnson no discurso. “Sempre disse que haveria crises locais e que lidaríamos com elas localmente, e é isso que estamos fazendo em Leicester e em outros lugares”.
Moradores disseram que as pessoas estavam desprezando o distanciamento social e outras medidas desde que o governo começou a flexibilizar as regras duas semanas atrás. “Se as pessoas ouvissem e ficassem em casa não estaríamos nessa situação”, disse Bob Sharma, gerente de um banco.
O corretor Arun Mortala afirmou que as pessoas não usavam máscaras e nem mesmo mantinham distância quando voltaram às ruas. “Eu esperava que isso acontecesse”, disse ele. O ministro da Saúde, Matt Hancock, afirmou que o governo ainda está analisando as razões exatas do aumento de Leicester. (Com agências internacionais).
Autor: Redação
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