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A gente se vê

02/05/2020
A gente se vê

Joaldo Cavalcaante, então secretario de Comunicação Municipal e do governo de Ronaldo Lessa, à frente da SECOM inovou como gestor moderno a serviço do município de Maceió e das Alagoas de Graciliano Ramos que, por sinal,  lhe serviu de exemplo quer de probidade pública, quer como ícone da Imprensa à sua época.Criou o Conselho de Comunicação que fiz parte a seu convite , na qualidade de presidente da Associação Alagoana de Imprensa (AAI). Diga-se, de passagem, patrocinou um dos meus livros Viagem no Tempo que muito me deixou feliz.

Após sua pós-graduação, Joaldo expôs sua experiência profissional escrevendo o belo livro A gente se vê  na Comunicação ?  E, portanto, teve a honra ter as orelhas da obra prefaciadas pelo emérito/saudoso José Marques de Melo, professor emérito da Faculdade de São Paulo. Migrou à capital paulistana onde fez sucesso como profissional gabaritado da Comunicação Nacional.

Ei-lo dissecando seu trabalho científico com a erudição que desfrutou na sua profícua existência. “   Se outro mérito não tivesse este livro escrito oportunamente por Joaldo Cavalcante, bastaria reconhecer sua coerência teórica e sua competência discursiva. Ancorando-se na fortuna cognitiva legada pelo regionalismo geopolítico de Tavares Bastos e fazendo um relato estribado na simplicidade estilística de Graciliano Ramos, demonstra plena sintonia entre a versão e o fato, numa atitude que espelha a alagoanidade explícita do autor”.

A bem da verdade, o autor do livro “ Major Barros da Pedra Branca” foi simplesmente bem –sucedido no seu novel livro. E, por conseguinte, deu lição de um homem público probo, capaz de trazer à tona a história que se fez em tempos pretéritos. Recebeu nota à altura de sua tese levando-o a editar esse livro aceito pela crítica dos colegas que o levaram a presidir por duas vezes o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas.

Nesse sentido, vê-se nas cento e quarenta e oito páginas a verdadeira versão sobre Origem Centralista da Comunicação: Da Monarquia à República/ Centralismo e Federalismo/ Penoso Pacto Federativo. Autoritarismo e Redemocratização: A Informação nas Constituições/ No Papel e Longe das Ruas/Verba Publicitária.Regionalização da Comunicação: Diferenças e Integração/ Autoestima e Desenvolvimento.Experiências de Alagoas: Conselho de Comunicação/ Transparência do ICMS/ Caderno de Debates/ Cartilha Ética/ Municípios e TV Digital/ Instituto Zumbi dos Palmares/ Nasce a Agência Alagoas/ Talento Criativo Alagoano/ Cultura, Alma e Fé/ Encontro Musical da Terra/ Do Local para o Global/ Regionalizando o Olhar/ Manual Graciliano Ramos/ Ações Ecoam do Brasil.

Acrescentou com ênfase. Ministros Ignoram Pleitos: Tucano Ausente de Audiência/ Opção Petista pelo Arquivo,Gestores Atestam Desamparo: Orfandade desde do Nascimento/ Alagoas no Centro do Poder/ Ajuda, Exceto para Secom/ A Comunicação Impositiva. Na Conclusão de seu trabalho acadêmico, Joaldo foi prático e, ao mesmo tempo, vencedor de suas paixões  pelo jornalismo que abraçou por vocação/idealismo.

“ A comunicação governamental, portanto, reflete esse ranço centralista ainda hoje, não obstante, a consagração do federalismo como forma de organização do Estado brasileiro”. Dir-se-ia que o colega foi feliz na sua narrativa e, consequentemente, faço justiça à sua capacidade de escrever um obra A Gente Se VÊ na Comunicação de Governo?