Política

Dra. Sônia Beltrão: “Não existe mais espaço para aquele velho bordão “Rouba, mas faz”

06/04/2020
Dra. Sônia Beltrão: “Não existe mais espaço para aquele velho bordão “Rouba, mas faz”

Palmeira dos Índios vivia um cenário eleitoral favorável ao atual prefeito Julio Cézar (PSB) que vai em busca da reeleição, por falta de opção de candidatos alternativos.

Na sua frente apenas a ex-primeira dama Mosabelle Ribeiro (MDB) como adversária definida e que agora pertence a uma frente com mais dois nomes.

Outros comentários sobre uma possível candidatura da deputada Ângela Garrote (PP) estavam no campo da hipótese e muito dificilmente outro candidato apareceria no pleito.

Apenas um “zum-zum-zum” de candidaturas laranjas projetadas pelo próprio prefeito, mas que foram abortadas pela imprensa que revelou ao público a estratégia.

Contudo, no dia 31 de março, o Patriotas – um partido sem relevância política em Palmeira dos Índios, mas que este ano pretende dar uma guinada de 360º em alguns municípios alagoanos, com a assunção do jovem advogado palmeirense Cláudio Canuto (mas que milita em Arapiraca, inclusive é pré-candidato a prefeito na cidade agrestina) uma novidade sem precedentes que chacoalhou a política local: a apresentação como pré-candidata a prefeita da ex-juíza palmeirense Sônia Beltrão, mulher de conduta irrepreensível, ilibada, de respeitabilidade extrema na sociedade palmeirense, onde atuou por mais de 12 anos na magistratura, se tornando querida entre abastados e pobres, por sua atuação isenta e imparcial em sua atividade judicial.

Conhecida como “mãe dos pobres”, por ter um trabalho social muito relevante no Município, a pré-candidatura de Sônia Beltrão surgiu como um raio de luz, que traz esperanças e alternativas para o povo palmeirense.

Conhecedora dos problemas do município, bem como das pessoas, Sônia Beltrão, aos 75 anos tem o vigor, os sonhos e a força de uma jovem de 20.

Repercussão positiva

O lançamento da pré-candidatura de Sônia Beltrão (dado em primeira mão por este Portal da Tribuna do Sertão revelou uma aceitação gigantesca de seu nome nas redes sociais, que através de seus usuários compartilhou a informação em todas as plataformas que exaltava o nome da ex-magistrada como uma opção viável a ser apresentada no pleito de outubro – caso não haja adiamento da eleição por conta do Covid-19.

Presentes ao ato de filiação estavam o Coordenador Nacional do Patriota Sr. Oliveira, Presidente Estadual Cláudio Canuto, Presidente em Palmeira Josildo Brás, Secretário Geral Sóstenes Dantas, Secretária do Partido Dra. Simônica Alves (cardiologista), Secretário de Comunicação Weverton, entre outros.

Ex-professora de Direito na UFAL,  Juíza da Comarca  palmeirense por mais de 12 anos, a magistrada criou laços com o povo do município e se constituiu na grande surpresa eleitoral deste ano.

Para diversos analistas o “jogo agora equilibrou” e haverá uma disputa real no município.

O presidente estadual do Patriotas Cláudio Canuto afirmou que a filiação da Dr. Sônia fortalece ainda mais o partido, que com seu histórico e trabalho não tinha nome melhor para ser pré-candidata pelo partido.

Josildo Brás, presidente do município – e que guardou durante 15 dias o nome da ex-magistrada como trunfo pré-eleitoral, disse que era “um dia memorável, pois o povo de Palmeira dos Índios pode voltar a ter esperança. O patriota tem um projeto sólido e que não teria nome melhor para pré-candidata.

A reportagem da Tribuna do Sertão entrou em contato com a ex-juíza e indaga sob o que lhe motivava após uma brilhante carreira vitoriosa na magistratura se tornar pré-candidata a prefeita de Palmeira dos Índios?

Sônia Beltrão respondeu:

Sempre me perguntam isso. Eu trabalhei em Palmeira. Foram 12 anos, depois fui promovida e o meu trabalho foi interrompido. Então uma das coisas depois da minha aposentadoria é que eu aposentei dos trabalhos… da vida laborativa, mas nunca, eu aposentei a minha memória, minha inteligência. E então eu percebi depois de um certo tempo – onze anos quase – que o discurso de moralidade estava sendo muito cobrado no serviço público, pela população. Esse discurso estava sendo incorporado.

Não existe espaço mais para aquele velho bordão: Rouba, mas faz. E isso foi me inquietando! E como sou muito inquieta por natureza, isso é nato, isso é meu, percebi também que é possível trabalhar na administração pública e deixar dinheiro no caixa. É possível, é possível e é possível! Basta que se queira. É querer, é saber fazer, é não se perder e orar muito, por que como dizia São Francisco: todo aquele que reza, não se perde”.