Cidades
Palmeira: Casa de Graciliano Ramos serve de abrigo para moradores de rua
A Casa de Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios que está fechada ao público há 3 anos sob o argumento de uma reforma não concluída, se transformou atualmente em abrigo para pessoas em condições de vulnerabilidade social, os chamados moradores de rua.
Tribuna do Sertão flagrou no lugar e captou imagens do espaço que dá acesso ao auditório do imóvel e deste para a Casa de Graciliano Ramos, onde revela que mendigos dormem e fazem necessidades fisiológicas no local, que não tem portas em sua entrada principal, iluminação inadequada, nem tampouco vigilantes ou seguranças, a chamada guarda municipal.
Há menos de 30 dias, o Museu Xucurús de Artes e Costumes foi alvo de assaltantes e a prefeitura que também é responsável pelo lugar foi criticada por não zelar pelo patrimônio histórico ali guardado, pois não havia vigilantes nem tampouco câmeras de segurança para garantir a preservação do acervo.
Várias armas de valor histórico do Museu Xucurús foram furtadas e apenas três (até o momento) foram recuperadas.
Na Casa de Graciliano Ramos a fragilidade da segurança via auditório também é gritante.
No acesso ao auditório, má iluminação, lixo acumulado e até esterco de cavalo no caminho.
Maria, a moradora de rua que estava no local disse que todas as noites dorme no pátio do auditório e que a porta de vidro (que dá acesso ao equipamento cultural) está empenada, o que possibilitaria o acesso fácil ao local.
Veja o vídeo abaixo:
Indagada se havia vigilantes no local, a moradora de rua disse que nunca viu ninguém por lá, que é tranquilo para ela e a família dela dormirem.
O flagrante também revelou que moradores de rua estão se multiplicando pelas artérias de Palmeira dos Índios e que a política de assistência social do Município que deveria amparar as pessoas em condições de vulnerabilidade pessoal não funciona a contento.
Não existem números precisos sobre quantidade de moradores em situação de rua na cidade, mas se vê a olho nu o aumento visível, sem nenhuma atenção da prefeitura para o problema.
A má gestão em Palmeira dos Índios é latente. Maquiada, repleta de fake news com obras intermináveis, de fachadas – publicadas através das redes sociais e também com promoção pessoal do gestor Julio Cezar (o que é proibido por lei). É visível, que o que se propaga institucionalmente não se encaixa com o que o cidadão enxerga nas ruas palmeirenses.
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