Alagoas
HM promove palestra sobre importância da atividade física para mulher
Em alusão ao Dia da Mulher, que será celebrado no dia 8 deste mês, o Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira, localizado no bairro Poço, em Maceió, estará realizando, esta semana, atividades voltadas às pacientes e servidoras da unidade hospitalar. Na manhã desta segunda-feira (2), a fisioterapeuta Eluana Cavalcante de Albuquerque Auto falou sobre a importância da atividade física para as mulheres. A iniciativa da ação foi promovida pelo setor de Gestão de Pessoas.
Na ocasião, a diretora-geral do hospital, Eliza Barbosa, recepcionou os pacientes que esperavam para serem atendidos nos ambulatórios de especialidades para desejar que todos aproveitassem ao máximo a palestra. “Ao longo da semana, preparamos algumas palestras voltadas para vocês, que chamamos de sala de espera. Ou seja: é para o público que estiver aguardando aqui na recepção a fim de ser atendido, receber informações que, de alguma forma, venham contribuir ainda mais para a nossa saúde, seja ela física ou mental”, disse.
Eluana Cavalcante iniciou a palestra definindo sobre o que é atividade física, já que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que requeiram gasto de energia, acima do nível de repouso.
“A atividade física, como caminhar, pedalar ou praticar esportes, traz benefícios significativos para a saúde. Em todas as idades, os benefícios de ser fisicamente ativo superam os eventuais danos, decorrentes de lesões, por exemplo. Um pouco de atividade física é melhor do que nenhuma. Ao se tornarem mais ativas ao longo do dia de maneiras relativamente simples, as pessoas conseguem facilmente atingir os níveis recomendados”, explicou.
De acordo com a OMS, as mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%). Para Eluana, a situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico.
“Os indicativos epidemiológicos do Brasil mostram uma realidade na qual convivem doenças dos países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas) com aquelas típicas do mundo subdesenvolvido (mortalidade materna e desnutrição). Os padrões de morbimortalidade encontradas nas mulheres revelam também essa mistura de doenças, que seguem as diferenças de desenvolvimento regional e de classe social”, destacou.
Hoje, conforme a fisioterapeuta, apesar de ainda sobreviverem alguns preconceitos machistas, o mundo esportivo está muito mais aberto. E há uma reflexão, inclusive no dia a dia: aquele que já foi chamado de sexo frágil tem marcado cada vez mais presença nos parques e nas academias para desfrutar das vantagens da atividade física.
“É importante saber que a atividade física melhora a saúde como um todo. Os benefícios vão desde a redução do risco de morte até a diminuição dos sintomas da depressão. Também ajuda na autoestima da mulher, que, segundo a OMS, faz parte do conceito de uma boa saúde”, orientou.
Quando uma pessoa inclui em sua rotina um programa de atividade física bem planejada e estruturada, ela observa perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução de pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol, exemplificou Eluana Cavalcante. Todos esses benefícios, segundo a profissional, auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Na vida da mulher moderna esta prática é essencial, uma vez que a demanda da vida diária torna imperativo que se alcance e se mantenha um nível satisfatório de potência aeróbica, força e flexibilidade.
“Uma boa caminhada, por exemplo, pode oferecer efeitos significativos na saúde feminina, pois se trata de uma atividade física extremamente importante para a melhora de diversos aspectos no corpo da mulher, quando praticado pelo menos três vezes por semana e por mais de 30 minutos contínuos”, acrescentou a fisioterapeuta.
Além disso, a produção de endorfinas, que advém do exercício aeróbico, proporciona sensação de bem-estar, além de regularizar o ciclo hormonal na mulher. Com isso, as mulheres tendem a ter ciclos menstruais mais regulares, menos cólicas menstruais, menos efeitos relacionados à TPM, como dores nas mamas antes da menstruação e alterações de humor e maior facilidade de engravidar, além do aumento da libido.
Após a palestra, os pacientes e os servidores do Hospital da Mulher participaram de uma ginástica laboral, onde aprenderam técnicas de alongamento, respiração, percepção corporal, reeducação postural e compensação dos músculos.
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