Geral

Saúde na Escola orienta sobre os riscos da gravidez na adolescência

07/02/2020
Saúde na Escola orienta sobre os riscos da gravidez na adolescência

Estudos apontam que a gravidez na adolescência representa um problema social e de saúde pública, uma vez que o corpo da menina ainda está em formação e, portanto, não dispõe do preparo necessário para a gestação. Como se não bastasse, na maioria das vezes, a mãe abandona a escola para se dedicar à criação do filho, o que compromete o seu futuro e desestrutura toda a família. Durante este mês, quando se debate os males que a gestação precoce ocasiona, técnicos do Programa Saúde na Escola fazem um alerta sobre a importância de não engravidar na adolescência.

Entre os problemas que a gravidez na adolescência pode trazer, estão os riscos de ocorrer um parto prematuro e o nascimento de bebê com baixo peso. Também há grande probabilidade de existirem complicações no parto, alterações no desenvolvimento do feto, entre outras situações, segundo alerta o coordenador estadual do Programa Saúde na Escola, Eloy Yanes.

Segundo dados do Núcleo Estadual de Saúda da Mulher, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em 2018 foram registradas 8.818 gestações em mulheres na faixa etária de 10 a 19 anos. Já no ano passado, 7.816 adolescentes engravidaram em Alagoas, o que representa uma redução de 1.002 gestações precoces.

“Mesmo assim esse número ainda é considerado alto e os riscos da gravidez durante a adolescência não são apenas em relação à saúde. É importante conscientizar nossas adolescentes que a gestação durante este período da vida da mulher afeta a vida pessoal, que se modifica totalmente, sendo relacionada ao abandono escolar e redução do rendimento na escola”, reforçou Eloy Yanes.

Presente nos 102 municípios alagoanos, o PSE desenvolve atividades nas escolas públicas municipais e estaduais, conscientizando os adolescentes sobre educação sexual e o perigo da gravidez na adolescência, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e outros temas relacionados à saúde. Para isso, são capacitados os técnicos municipais e promovidas ações de promoção, prevenção de doenças, agravos e atenção à saúde.

“Também são convidados profissionais como médicos, psicólogos e enfermeiros para tratarem do tema e orientarem os adolescentes sobre os métodos contraceptivos. O acesso à informação correta é essencial para que nossos jovens tenham a responsabilidade e o entendimento das consequências que uma gestação prematura pode ocasionar. Por isso, é importante utilizar o preservativo masculino ou feminino durante as relações sexuais, evitando não apenas uma gravidez não planejada e precoce, mas, também, a contaminação pelo vírus HIV”, destacou Eloy Yanes.