Geral

Confete, serpentina e arte no Complexo Cultural Teatro Deodoro

31/01/2020
Confete, serpentina e arte no Complexo Cultural Teatro Deodoro

Uma das festas mais alegres, queridas e conhecidas mundialmente, carnaval, é a inspiração para os artistas que expõem suas obras na exposição “Carnelevarium II – Prazeres da Carne”. A abertura da mostra será nesta terça-feira (04/02), às 19h, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, com entrada gratuita.

“É com grande satisfação que recebemos a diversidade do trabalho dos artistas alagoanos abordando um tema tão empolgante, que é o carnaval. As obras estão lindas, damos boas-vindas aos artistas e convidamos o público para que prestigie os nossos talentos e entre no clima da folia conosco”, disse a diretora presidente da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), Sheila Maluf.

Participam desta exposição Adriana Jardim, Adriano Arantos, Ana Cláudia, Ana Karina, Árthemis Gabriela, Arthur Celso, Baboo, Dênnys Oliveira, Diego Barros, Chico Simas, Eduardo Bastos, Ermesson Pereira, Gil Lopes, Gustavo Lima, Ives, Jorge Vieira, Lula Nogueira, Manuela Constant, Munganga, Nicolas Elifas, Pedro Cabral, Persivaldo Figueiroa, Rafael Reis, Rogério Silva, Rolderick Leão, Salles Tenório, Simone Freitas, Sophia Laranjeiras, Suel, Wado e Weber Bagetti. Assina a curadoria e a expografia da exposição Carnelevarium II – Prazeres da Carne o artista visual Levy Paz.

A mostra fica em cartaz até 27 de março e pode ser visitada de segunda a sábado, das 8h às 18h, e, aos domingos e feriados, das 14h às 17h. Grupos de escolas e instituições sociais podem agendar a visita guiada pelo [email protected] ou (82) 98884-6885 gratuitamente.

“Depois do sucesso da primeira edição da exposição Carnelevarium, em 2018, é um prazer nos unirmos mais uma vez ao seu idealizador, o artista visual Levy Paz, para mais uma coletiva com mais de 30 artistas visuais locais, homenageando a festa mais popular do Brasil. Destacamos também que a galeria de artes visuais do Complexo Cultural Teatro Deodoro continua firme, mantendo uma grade dinâmica e focada, principalmente, na valorização do artista local, com uma programação já agendada até janeiro de 2021, inclusive com quatro editais que serão brevemente lançados, todos para o segundo semestre deste ano”, afirmou o gerente artístico e cultural da Diteal, Alexandre Holanda.

Desta vez, Carnelevarium apresenta o dobro no número de participantes, entre fotógrafos e artistas consagrados, e também dá oportunidade a artistas iniciantes participarem desta celebração da alegria, arte e principalmente à liberdade.

A exposição carnavalesca traz obras inéditas em sua maioria, em várias nuances da arte, tais como: fotografias, pinturas, esculturas, a instalações e desenhos. A mostra faz uma homenagem a Pedro Tarzan, por sua relevância artística e sua contribuição ao carnaval de Maceió.

“O carnaval em si já é um grande evento, muitos são os países que o comemoram. Ser curador de exposição de arte é um privilégio de uma vida. Poder unir o tangível e o intangível é estar em estado graça. Um êxtase triplo. E digo mais: reunir artistas e amigos, que já tem uma bagagem ampla no cenário das artes plásticas e contemporânea alagoana, somado a ter a oportunidade em trazer artistas iniciantes a beberem desta fonte, realmente não tem preço. Sendo essa a segunda edição a convite da Diteal, foi quando percebi a importância de sabermos aonde pisamos, onde nos encontramos, são dois passos à frente e um para trás. Por isso a homenagem à Pedro Tarzan, este brincante que marcou sua história no carnaval de Maceió e que não devemos esquecer do nosso passado em hipótese alguma”, observa o artista visual e curador da mostra, Levy Paz.

Sobre o homenageado (com informações de Pedro Rocha, no Boletim Alagoano de Folclore, nº 1, 2001):

Em 1950, aos 21 anos de idade, o sergipano Pedro Ferreira Auta decidiu trilhar um caminho comum entre os que nascem no interior: deixar a terra natal à caminho da capital. Após, breve período em Aracaju, onde trabalhou em urna fábrica de bombons, veio aportar na capital das Alagoas. Os objetivos eram tentar um lugar ao sol com um bom emprego e realizar um sonho além do comum: queria ser artista de cinema.

O carnaval de 1952 serviu de cenário para seu primeiro ensaio. Penas, tecidos, crina de cavalo e tinta transformaram Pedro Ferreira Auta em um índio inspirado nos filmes americanos de faroeste.

Em 1955, junto aos companheiros Ademário Santana e Jorge Marinho de Lima, criou o Ginásio Sansão, uma academia de halterofilismo, na rua Santo Antônio, bairro de Ponta Grossa. E em 1957, sagrou-se campeão do concurso realizado entre as academias Força e SaúdePeso e Ginásio Sansão, todas de grande renome na época.

Foi assim que Pedro Ferreira Auta virou Pedro Tarzan, apesar de sua cor ou seu porte nada ter em comum com o campeão olímpico de natação Johnny Weissmuller (um dos mais famosos intérpretes de Tarzan na história do cinema).

Pedro Tarzan buscou e encontrou no cinema referência e inspiração para criar dezenas de fantasias. As fantasias Carrasco (1956), Pele Vermelha (1957), Lampião (1960), Dário III, Rei da Pérsia (1974), Caramuru (1974), Spartacus (1976), Comanche (1980), Golias (1981), Caetés (1984), Tibiriçá (1985), Araribóia (1989) e Oxossi (1989) ilustram bem suas multifacetadas inspirações.

Exposição Gênesis em Vermelho Absoluto segue em cartaz no mezanino da galeria:

A exposição “Carnelevarium II –Prazeres da Carne” irá ocupar o primeiro piso do Complexo Cultural Teatro Deodoro. No mezanino, segue em cartaz a mostra Gênesis em Vermelho Absoluto, individual do artista Levy Paz.

A urbanidade e o diálogos entre épocas. O clássico e o contemporâneo são assuntos das expressões artísticas dos painéis do artista urbano Levy Paz. Fã dos pintores clássicos, dos desenhos em quadrinhos estadunidenses e dos animes orientais, a arte dele é cosmopolita e atemporal, assim mesmo será a exposição Gênesis em Vermelho Absoluto.

Nascido no Distrito federal, Levy Paz mora em Alagoas há 30 anos. Essa exposição foi onde o artista uniu o passado e seu momento atual, celebrando com jovialidade enquanto se expressa de forma madura no fazer artístico. “O que me faz pintar é comemorar a vida, colocar emoções, fantasias. É imaginar toda a minha trajetória e conseguir sintetizar isso nas obras. Transformar sonhos em imagens, conta o artista.

Segundo ele, o nome Gênesis foi necessário: “Esse é meu recomeço. Acho que todo novo trabalho é um novo começo, um novo ciclo. Por isso Gênesis. E vermelho porque é a vida, é o sangue”. Contando com 27 obras, que variam entre pinturas, desenhos, esculturas e instalações. Essa é a terceira exposição individual de Levy, que também já participou de outras oito coletivas.