Geral

Operação mira ex-assessores de Flávio Bolsonaro

18/12/2019
Operação mira ex-assessores de Flávio Bolsonaro
Caso Queiroz gera incômodos a Flávio e Jair Bolsonaro

Caso Queiroz gera incômodos a Flávio e Jair Bolsonaro

Fabrício Queiroz e outros ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) foram alvos de operações de busca e apreensão nesta quinta-feira (18/12) em uma ação relacionada ao caso das chamadas “rachadinhas”, um suposto esquema de divisão de salários que teria ocorrido no gabinete que o filho mais velho do presidente da República ocupou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando era deputado estadual.

Entre os investigados na operação do Ministério Público Federal (MPF), também estão a ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, seu pai e parentes dela. Flávio é suspeito de desvio de verba de seu gabinete através do esquema.

Queiroz, que trabalhou por mais de uma década como assessor e motorista do senador, se tornou o centro de uma investigação sobre Flavio Bolsonaro, o filho mais velho do presidente, Jair Bolsonaro, e outras 101 pessoas físicas e jurídicas. O MPF obteve em maio a autorização para a quebra dos sigilos fiscal e bancário de 96 pessoas e empresas, incluindo o senador e seu ex-assessor.

A investigação foi iniciada em julho do ano passado. Meses antes, o agora extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – substituído pela Unidade de Inteligência Financeira – havia alertado o MP sobre movimentações atípicas na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 que somavam 1,2 milhão de reais.

O compartilhamento das informações foi questionado como sendo ilegal e o caso ficou parado até novembro deste ano, até o Supremo Tribunal Federal decidir que o compartilhamento de informações ocorreu dentro da lei.

Queiroz e Jair Bolsonaro se conheceram em 1984. Ele trabalhou para Flávio entre os anos de 2007 e 2018.

A defesa de Queiroz se disse “surpresa” com a operação de busca, afirmando através de nota que a ação seria “absolutamente desnecessária”, uma vez que ele “sempre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos os esclarecimentos a respeito dos fatos”.