Artigos
Lula nomeou jurista negro e de estado pequeno para cortes federais
É inacreditável que somente sob a Presidência de Lula um negro tenha sido indicado para o Superior Tribunal de Justiça.
Nunca faltaram brilhantíssimos juristas negros, credenciados para ocupar cadeira nos altos tribunais da República.
Só a discriminação racial permitiu que as altas cortes de Justiça deste país branco, negro, miscigenado, fossem exclusivamente, cortes de brancos.
Foi também Lula que escolheu advogado de pequeno Estado para corte federal. O ato de Justiça contemplou o Estado de Sergipe.
Há um imperialismo interno, que devemos tratar com delicadeza, fraternidade e respeito, mas que não pode deixar de merecer nossa observação crítica.
Trata-se de uma idéia consciente ou inconsciente que “carimba” com o selo da autoridade tudo que é produzido pela inteligência dos maiores Estados brasileiros, relegando a segundo plano os Estados menores.
Não se pode aceitar a autoridade que decorre do poder econômico, do poder político ou de qualquer outra espécie de poder.
Todos os Estados da Federação podem comparecer com seu quinhão de oferta, no campo das idéias.
Universidades que se espalham pelo território nacional podem todas trazer sua contribuição para a reflexão coletiva.
Jornais publicados nos mais diversos espaços do Brasil devem ser lidos fora das regiões onde circulam, hoje inclusive com o auxílio da internet.
Livros que vêm à luz aqui e ali, alguns com a chancela de editoras locais ou regionais, merecem circular amplamente.
A jurisprudência dos tribunais e as decisões de primeiro grau, venham de onde vierem, devem ser alvo de atenciosa pesquisa.
Esse alargamento da compreensão de que o saber, o estudo, a criatividade, no campo do Direito e noutras áreas, alcança o país inteiro, de norte a sul,
só poderá enriquecer o cabedal de nosso patrimônio cultural e contribuir para o fortalecimento da Federação e da nacionalidade brasileira.
É indispensável que as escolhas que se destinem a compensar os esquecidos sejam escolhas criteriosas.
Obviamente, de nada adiantaria escolher negros, mulheres, juristas de Estados pequenos se esses juristas tiverem o pensamento cristalizado, conservador, sem abertura para dar rumos novos à fala dos tribunais.
O Dr. Carlos Augusto Ayres Freitas de Britto, o jurista sergipano escolhido, foi meu companheiro de mesa, na Conferência Nacional dos Advogados, que se reuniu em Salvador, em novembro de 2002.
A essa Conferência Lula compareceu, já eleito Presidente.
Mais lidas
-
1FUTEBOL
Kaká quebra silêncio sobre divórcio após Carol Celico dizer que ex era 'perfeito demais' para ela
-
2FUTEBOL
'Orgias sexuais na varanda', ameaça de tiro e urina no corredor: relatos mostram 'vida louca' de Carlos Alberto em condomínio
-
3ÁGUAS DO SERTÃO NA BERLINDA
"Prendam os prefeitos responsáveis pela venda da água!", exige presidente de ONG em audiência na Assembleia
-
4EXPLÍCITO
Flagrante na Praia de Pajuçara: casal é filmado em ato sexual em público
-
5OBITUÁRIO
Homem levado ao banco já estava morto havia duas horas, diz atendente do SAMU