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Juros fecham de lado, com viés de alta na ponta curta e de queda na longa
O mercado de juros fechou com taxas de lado, com viés de alta nos contratos de curto e médio prazos e de baixa na ponta longa. Segundo operadores, os negócios foram pautados por ajustes técnicos e algum impacto pela manhã do IBC-Br acima da mediana das estimativas.
As preocupações com a crise política em vários países da América do Sul não se dissiparam, mas, nesta quinta-feira, 14, foram colocadas em stand-by, assim como o desconforto com o cenário político interno. Nem o novo avanço do dólar para perto dos R$ 4,20 foi capaz de trazer estresse à curva nesta quinta.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,64%, tanto a sessão regular quanto a estendida, de 4,619% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2023 encerrou a regular em 5,75% e a estendida em 5,73%, de 5,731% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2025 passou de 6,341% para 6,33% (regular) e 6,31% (estendida) e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 6,66% (regular) e 6,63% (estendida), de 6,671%.
“Depois de uma semana difícil, o mercado hoje ficou um pouco mais tranquilo, andando praticamente de lado, com algumas posições técnicas sendo executadas, mas nada muito forte”, disse o economista-chefe da Arazul Capital, Rafael Leão.
O dia começou com o IBC-Br reforçando o cenário de retomada gradual da atividade, mas sem impacto na percepção sobre a política monetária. O índice subiu 0,91% no terceiro trimestre e 0,44% em setembro na margem, acima das medianas das respectivas estimativas, de 0,75% e 0,39%.
Como os números do varejo e do setor de serviços do período também haviam surpreendido, houve uma onda de revisões em alta para o PIB de 2019 e 2020. Segundo o Projeções Broadcast, agora, a expansão de 1,0% para 2019 é a mediana, contra 0,90% há um mês e 0,92% no Boletim Focus. Para 2020, a mediana é de 2,3%, mais elevada do que no levantamento anterior (2,0%) e do que a Focus (2,08%).
A melhora nas perspectivas para a atividade, no entanto, não altera as apostas majoritárias para a Selic, de pelo menos mais um corte de 0,50 ponto porcentual em dezembro, para 4,5%. Para o Comitê de Política Monetária (Copom) seguinte, de fevereiro, o mercado está dividido entre um novo corte, mas de 0,25 ponto porcentual, e estabilidade.
Na avaliação de Mauricio Patini, gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, as taxas longas receberam um pouco de influência da curva americana. “Os juros dos Treasuries estão caindo bem”, destacou.
No fim da tarde, o rendimento da T-Note de dez anos estava em 1,819%, ante patamar de 1,888% da quarta-feira, mas mais cedo chegou a operar no nível de 1,80%.
Autor: Denise Abarca
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